heróis

Sexta-feira meu lado nerd que curte quadrinhos voltará a se manifestar. O aguardado longa metragem do Lanterna Verde, prometido desde os anos 80 pela Warner, estará em cartaz e, se tudo der certo, estarei lá pra ver. Personagem lançado na década de 40 ainda, sofreu modificações severas nos anos 50, quando o piloto de provas Hal Jordan assumiu o uniforme e o anel em concepções diferentes daquelas apresentadas na década anterior por Bill Finger (aliás, co-criador do Batman) e Martin Nodell para Alan Scott. Os poderes na verdade não são de Hal, ou de qualquer um dos membros da tropa de Lanternas, mas sim manifestos através de anéis energéticos, pela força de vontade de seu portador. O anel de Hal é vulnerável ao amarelo, que, na história, representa o medo, teoricamente a única coisa que pode limitar a força de vontade...

Heróis são retratados na cultura popular desde o tempo da televisão a lenha. A própria Bíblia faz menção a dois personagens que teriam status de herói, pela cultura popular vigente: Davi, ao matar com uma pedrada de funda o gigante Golias; Sansão, dotado de força descomunal, vulnerabilizado pelo corte dos cabelos e, retomando a força, faz ruir um templo filisteu, matando uma multidão dos que o cegaram e escravizaram e a si mesmo. O ato sacrificial de Cristo, de certa forma, o coloca junto aos heróis, no conceito de que ato heróico implica em auto-sacrifício (o que é exatamente o caso).

Outros personagens são trazidos pelas diferentes culturas; Gilgamesh, Héracles, Teseu, Perseu, Thor, Balder... Sempre há alguma forma de heróismo nas tradições literárias e orais da Humanidade. No século XX, o advento da indústria de história em quadrinhos trouxe uma série de personagens às bancas, muitos vindos da literatura, como é o caso de Tarzan. alguns exploravam o filão da ficção científica, como o Flash Gordon de Alex Raymond. Outros, interfaceavam entre a ação de floresta e as histórias de luta contra piratas e terroristas, como o Fantasma de Lee Falk. Lee Falk também criou o mágico Mandrake, ilusionista baseado em um mágico da vida real, Leon Mandrake.

No final dos anos 30 e 40, os heróis "humanos" receberam a companhia de novos personagens, com capacidades assemelhadas às dos personagens mitológicos. Superman, Batman, o príncipe Namor (aliás, primeiro anti-herói dos quadrinhos, um herói com constantes quebras com seus parceiros e colegas...), o primeiro Tocha Humana.... Entre tantos personagens, destaco a Mulher Maravilha. Além de ser uma mulher entre um panteão de marmanjos, ela, de certa forma, expressava valores de seu criador, o Dr. William Moulton Marston. O psicólogo é o criador do detector de mentiras. Não é por nada que a principal arma da princesa Diana de Themiscyra é um laço dourado, forjado por Hefaistos, que obriga quem está enliado nele a falar a verdade.


O advento da Guerra trouxe, entre outros personagens americanos de cunho patriótico, o Capitão América. Verdadeira personificação do American Way of Life na época, não raro as capas de suas edições o mostravam espancando Hitler e outros ícones nazifascistas. O personagem, vítima de grande patrulhamento ao longo dos anos, passou a ter um viés mais social, com o tempo. Aliás, outro personagem com forte impacto social é o Arqueiro Verde, no original Green Arrow. Nos anos 70, suas histórias ao lado do Lanterna Verde, passando pelos EUA em uma camionete, revelando as mazelas diárias, foram extremamente revolucionárias para uma forma literária em que a glamurização dos governos mandantes era regra. O mesmo personagem teve seu parceiro adolescente, Roy Harper (no Brasil, Ricardito), mostrado aplicando heroína nas veias. Pela primeira vez, se mostrava que heróis sofriam como humanos.


 Minto. O Homem-Aranha passava pelas suas...pobre, fazendo biscates para se manter, uma tia viúva, relacionamentos íntimos frustrados, ele representa o resgate da figura do herói quixotesco. Mas aí é papo pra outra blogada...não perca o próximo capítulo da saga!!!!!

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