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Mostrando postagens de janeiro, 2015

pensando

E quando o caminho se abre Nos primeiros raios do sol de verão Eu sigo o andar da estrada Mateando sozinho Pensando tão longe O ronco vazio da cuia O som que teimando Me quebra o calar E medito longe viajando Trazendo o que fiz, que farei, que será Memórias futuras que trago Lá no porta-malas, no banco de trás E solto o volume do canto Matando o medo que temos Do salto no escuro Do primeiro vôo E teimo em chegar sem partir E fico a viver outro dia A pensar longe e perto As coisas que vi

Charlie Hebdo, pensando prós e contras

Pois é...ainda dando eco à ação dos extremistas contra o pessoal do Charlie Hebdo. Dá o que pensar, é um longo papo de boteco! Pessoalmente, gostava do trabalho deles, em especial do Wolinsky. Ele influenciou muito os cartunistas brasileiros dos anos 80, como Angeli, Glauco, Laerte, Adão Iturrusgaray, entre outros. Um traço meio grosseiro, um humor ácido pra caramba.Eles extrapolavam muitas vezes, mas, no frigir dos ovos, um bom trabalho de um humor moleque e abusado! Tem uma situação interessante, me lembro da charge da ministra Christiane Taubira, negra, como macaca. Se você olha a coisa sem contexto, cai de pau nos caras, com certeza. Na verdade, a sacanagem era pra cima da ultra-direitista Frente Nacional, a.k.a. família Le Pen, da deputada Anne-Sophie Leclère e do jornaleco de direita chamado Minute. O pasquim nazista aí havia chamado dona Christiane de macaca ("singe", em francês). O Charlie Hebdo fez da charge da macaca uma denúncia disso, da ação sacana do

como explicar...?

"Como explicar a um leigo um meigo assassinato", cantou Nei Lisboa. Hoje, eu e muita gente ficamos de queixo caído. Enquanto vinha trabalhar, a notícia do ataque ao periódico francês Charlie Hebdo me fez cair a butiazada toda dos bolsos. É uma revista muito ilustrada com cartuns, com vários alvos de suas investigações e críticas, desde seitas, a extrema-direita, Catolicismo, Islamismo, Judaísmo, política, cultura, etc. Seu nome é uma homenagem a outro Charlie, o Brown. Da equipe do Hebdo, um dos maiores cartunistas do mundo, Wolinski, influenciou humoristas brasileiros, como Angeli, Adão Iturrusgaray, Laerte e Glauco. O jornal não poupava ninguém. De linha francamente à esquerda, o Hebdo Entre seus alvos, uma velha conhecida nossa, dona Marina Silva. É, a mesma que queria ser presidenta, que era apoiada pelo Malafaia, que apoiou Aécio... De acordo com a rapaziada do Hebdo, “(...) à sombra de Marina Silva enfileiram-se forças muito estranhas, como o bilionário suíç

Vale Tudo (menos a verdade e o bom gosto)

Confesso. Sim, eu vi. Vi aquele pastiche de filme sobre o Tim Maia, que a Grobio passou na semana passada, nas noites de 01 e 02 de janeiro. E quer saber? Eles levaram a sério uma das composições de Dom Maia, "Vale Tudo". Vale cortar pedaço de filme, vale transformar o Síndico num marginal e RC num ícone da bondade, vale realmente tudo! Realmente, a Vênus Platinada sapateou na tumba do Síndico. O queridinho deles, o rapaz aquele que ninguém viu de bermuda, posando de santo e de benfeitor é pra matar. Para a inteligentzia global, um negro, gordo, pobre e com hábitos farmacologicamente desaconselháveis, é algo execrável à “estética” deles. Sacar da mini-série a cena do filme onde RC dá botas surradas e notas amarrotadas ao humilhado Tim foi muito descaramento, no sentido de preservar a "imagem" e a "santidade" do rapaz de Cachoeiro. Como se a visão transmitida no programete não fora humilhante o suficiente... Pior de tudo foi pro Nelson Mota. O parce