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Mostrando postagens de agosto, 2011

me dupliquem!!!

Uma vez o grande humorista Stalislau Ponte Preta, a.k.a Sérgio Porto, falou que o poetinha Vinícius de Moraes era um sujeito plural. De fato, a essa altura dos fatos eu também o queria ser. Essa coisa de ser um, e me enfiar a fazer trocentas coisas, é gratificante pro ego, mas cansa pra burro, e te submete a um regime de trabalho quase espartano, para não dizer semienlouquecedor. Senão vejamos...neste instante exato em que catarseio pelo blogue, um processo me olha de páginas abertas, um laudo me acena a necessidade de um ofício à empresa interessada, acabei de despachar materiais para os alunos de amanhã de noite, atendi telefonemas, dois ou três colegas, adiei uma ida ao toalete mas não à recarga de minha xícara de café forte e com 4 gotas hipócritas de adoçante artificial. Ainda tenho algumas coisas pela frente, antes de convencer meus futuros educadores físicos de que aprender sobre os diferentes tipos de aminoácidos não chega a ser algo horroroso, em que pese os nomezinhos esqui

sujeito a nuvens e granizadas

Final de agosto, mês de cachorro doido, como se diz popularmente, e pelo jeito não me canso de me surpreender com as pessoas. Hoje, meu companheiro matinal falante, vulgo rádio, me contou que a presidenta chamou ministros e o escambau para mandar a galera apertar o cinto. Num mundo em que os problemas se globalizam e as soluções se indivudualizam, era de se esperar que a dona Dilmônica, ops, presidenta Dilmônica mandasse a galera cortar gastos. Até aí, bacana. Aí eu ouço o rádio, crente que eles iriam realmente ser austeros, dar um jeito nos ultramegassalários turbinados de 40, 50, 70 mil ou mais que alguns servidores ganham... Existe um teto salarial no serviço público, s.m.j., até onde eu sei. E teto é teto, embora no Brasil teto salarial seja mais ou menos o mesmo que teto solar de carro, ou seja, pode ser elevado ao infinito e além. O que me deixa chateado é que, pelo jeito, quem vai pagar o pato não comido é a tia do cafezinho, o guri do xerox, a estagiária da recepção ou o ti

Parabéns, Dea!!!

Há alguns anos, num desses aniversários de família, vi que minha prima Andrea estava preocupada. Em plena fase daquele limbo entre o final do ensino médio e o começo de uma futura faculdade, ela sofria o sutil assédio paterno de seguir a profissão dele e a dúvida de o que seguir. Vale dizer que meu tio é um desses bons médicos em sua cidade, e que certamente ia gostar de ver sua caçula temporona seguindo sua profissão. O problema é que Déa não estava realmente querendo a tal Medicina. Queria outra coisa. Em meio ao papo, nos degraus da porta da casa da tia Lígia, pude incentivar Déa a ir atrás de   seus   sonhos, e não dos sonhos paternos, por mais que ela ame o tio. Pouco tempo depois, ela era aluna na FAMECOS. Tive a felicidade de ir na sua formatura, com a Sophia a tiracolo, claro, e de curtir a festa depois.  Ontem, Dea completou 30 anos. Ela hoje faz pós-graduação na mesma PUC que a graduou, está bastante ativa em sua profissão e, acima de tudo, feliz por ter feito a escolha de s

mais fotinhos de Histologia

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Epitélio Pseudoestratificado Ciliado com Células Caliciformes. Presente nas vias aéreas superiores, traquéia e brônquios. A presença de cílios e a produção de muco permite o arraste de impurezas para fora das vias aéreas. Tecido Muscular Estriado Cardíaco. Note as estrias transversais, o aspecto ramificado das células e a presença dos discos intercalares, pontos de junção entre as fibras. Ali temos a presença de desmossomos, zônulas aderentes e junções comunicantes ("gap"), as quais permitem a formação do sincício funcional cardíaco. Estrato espinhoso da epiderme. Os grânulos escuros são melanina, introduzidas nas células por via intrácrina pelos melanócitos. Verifique as áreas onde estão os desmossomos, dando ao estrato espinhoso sua denominação característica. Neurônios da córtex frontal de ratos. Por serem de formato piramidal, estão associados à formação de vias eferentes, que irão transmitir ordens para a atividade muscular.

Histologizando...

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Fotografias do acervo pessoal de Carlos Augusto BM Normann. Se reproduzir, indicar fonte. Fotografias do acervo pessoal de Carlos Augusto BM Normann. Se reproduzir, citar a fonte. Outra sexta-feira, aquela sensação de que o tempo continua indeciso entre a leve friaca outonal na porta da primavera, a umidade tipicamente rio-grandense, uma BR-116 sofrendo os efeitos de mais uma Expointer, outro impacto em uma estrada já lotada de gente circulando entre Dois Irmãos e Porto Alegre. Uma mesa me encara na secretaria. Em Porto Alegre, 40 blocos de parafina me esperam para que eu tenha a chance de sentar em frente ao micrótomo novamente, e possa seccionar corte a corte, para ver se a tal Datura de fato detonou o fígado dos ratos. Essa é a parte gostosa! Pra mim, é algo quase artístico, é o que eu chamo de bio-artesanato, desde o processo de mesclar tecido à parafina, os delicados cortes e a coloração, e interpretar, claro, os efeitos que sofreram células e fibras de um tecido. T

outra boa requentada...essa é de março!

Dia 22 de março fiquei sabendo que o jovem urso polar Knut foi encontrado morto em seu recinto, no Zoo de Berlin, no sábado próximo, dia 19. Lembro de toda a controvérsia que muitos eco-ativistas sustentaram em torno dele. Afinal, era um urso polar, espécie em franco declínio na natureza, devido ao derretimento das geleiras polares. No entanto, vários "ambientalistas" sustentavam que ele deveria ter sido eutanasiado...eufemismo para um ursocídio. Se é uma espécie em extinção, todo e qualquer esforço para gerar centros de reprodução devem ser considerados de valor. Assim, vejo como um desperdício a idéia de alguns ecomalas de sacrificar o bicho. É um animal a menos a oferecer diversidade genética para reproduzir proles saudáveis do grande Ursus maritimus . Tá bom, o bicho não era muito jeitoso com as fêmeas que eram colocadas em seu recinto...talvez "humanizado" demais pelo convívio com seu tratador, também falecido. Era ainda um jovem, imaturo, bobã

mais um massacre em terras mediterrâneas

"O homem político é um animal", já diria Agamenon. Cada vez mais me convenço de que tem uns que outros por aí que tentam, e pior, conseguem, nos afastar das notícias sobre política local, regional, nacional e mundial, de tanta sacanagem escrita. É de corar cafetina experiente! Afora isso, vemos máscaras desaparecendo, como a interessante incursão da Satan, digo, Otan (às vezes dá no mesmo) na Líbia. Tá certo que o Qadaffi não é santo, mas quem sabe a gente não pergunta pros líbios se eles não querem eles mesmos tomar conta de seu território? Seria muito mais interessante, tipo, a mesma coisa que ver um bando de mariners na Amazônia, no Pantanal ou ocupando os morros cariocas. Os caras chamam de "forças pacificadoras" um bando de trogloditas armado até o reto, dando tiro no que vier à frente. Foi desse jeito que George Johnny Walker Bush detonou museus, zoológicos, sítios arqueológicos e não achou nenhuma arma de destruição em massa, nem pra detonar um cupinzeiro.

1000!!!!!!!

A propósito: quero mandar um abraço a você, amigo ou amiga, que, dentro em poucos instantes, será a milésima visita a este espaço virtual de cultura, arte, ciência e amizade (não necessariamente nessa ordem). Sabe, chegar a mil visitas era algo inesperado para este blogueiro de primeira viagem. Neste instante, estou pensando nesse intenso quase um mês de blogue no ar, pelas pessoas carinhosas, querida, amigas e tantos e tantas que aqui passaram. Aqui é o espaço de meus amigos e amigas. Como já disse em outras ocasiões, isso aqui não é meu, é NOSSO!!! Um abração carinhoso do amigo, professor, biólogo ou seja como você me veja. Eu te vejo como pedaço de minha essência, de floco de amizade, de parte boa de minha vida... Guto Normann

dizer não

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Uma das palavras mais complicadas de falar é aquela que o chimpanzé César falou pela primeira vez, na saga Planeta dos Macacos: "não". Você vai dizer que uma palavra que até um macaco de livro e cinema diz deve ser relativamente simples de ser dita. Bom, articular a palavra, diriam minhas alunas fonoaudiólogas, é uma coisa. O complicado é externar o Não. Muitas vezes, somos permissivos até o último, permitindo que nossa vida, individualidade e todo o mais sejam diluídos por um "sim" com ares de "não me enche o saco", ou de "tá bom, leva", ou ainda "me matou no cansaço". O não tem poderes. Tem o poder de encerrar dúvidas ou polêmicas, de deixar as coisas às claras, de gerar novos caminhos para esclarecimentos, pois fecha vias que não podem ser usadas...O não liberta, permite que tragamos o nosso sim para fora, que nossa alma tenha suas respostas. Nem sempre o sim eterno é saudável. Muitas vezes, o não educa, o não cuida, o não esclar

requentando um texto...o fato não é manchete, mas dá o que pensar sempre

(resgatado do blogue Doces Desatinos, by Andrea Pinto) Filho duma puta‏ Iniciar um texto com um palavrão é esquisito pra caramba. Mas não encontrei jeito melhor de falar do terrível episódio que levou ao sujeito chamado Wellington Menezes de Oliveira, que, a troco de sua demência, de um surto paranóide ou patologia que o valha, disparou contra meninas tiros que foram fatais para doze das crianças alvejadas. Outras ainda estão feridas, algumas em estado bastante grave. Um sargento da PM o alvejou, certamente no intuito de neutralizar o celerado e levar à justiça o injustificável. Porém, a covardia falou mais alto, e o último alvo do sr. Wellington foi sua própria cabeça. Como todo doido que se preza, o sujeito aí deixou um bilhete de despedida. Um bilhete em que ele tenta justificar o injustificável, entre delírios envolvendo religiosidade fundamentalista, um severo caso de aversão à sexualidade que o leva a considerar "impuros" os "fornicadore

Esther

Nem todas as pessoas que a gente ama estão conosco fisicamente todo o tempo. Correrias, atividades, trabalho, aula, compromissos...tantas coisas nos desviam, muitas vezes, de pessoas que moram em nosso coração. No entanto, elas continuam morando gostoso em nosso coração, com seu canto espaçoso e carinhoso garantido. É o caso de Esther. Esther é minha afilhada. A conheço desde o dia em que seus pais me apresentaram, obviamente dentro da barriga materna. Foi paixão à primeira vista, com certeza. Seus pais são amigos muito queridos, que, por mais que o presencial por vezes nos isole, o virtual nos une, o torpedo, o email, as redes. Ultimamente, Júlio, pai de Esther, tem tido muito contato profissional, e, claro, me feito abraçar algumas roubadas, mas faz parte, compadre é compadre. Ele e Neca estão separados faz um tempinho, a vida andou, eles têm novas parcerias mas permaneço amigo de ambos, querendo-os muito bem e admirando-os, sempre. Esther é uma meninona que, além de encanta

multiplicando e dividindo

Estava pensando na semana. Desde criança vou na igreja. Algumas vezes mais frequente, outras nem tanto. No entanto, sempre cultivei a fé, acreditando nos princípios do carpinteiro nazareno conhecido como Jesus, o Cristo. Muitas vezes, nas zapeadas da madrugada, vejo as igreja$ neopenteco$tai$ falando bobagem sobre Ele...o que me dá ótimos motivos para recuperar o sono! Uma passagem sobre a qual se fala muita bobagem é a da multiplicação dos pães. Seguido transformam Jesus numa espécie de xerocadora de pãozinho e peixinho, dando um caráter quase de mágico ao filho de Deus. Pessoalmente, vejo por outro prisma, mais real, mas ao mesmo tempo mais divino da coisa toda. Quando Jesus falava às pessoas, é comum os textos bíblicos falarem a expressão "afora mulheres e crianças". Imagina o que era o tratamento dispensado a eles na época. De fato, Jesus valorizou a infância como praticamente nenhum outro profeta de sua época, assim como valorizou a mulher. Assim, uma leitura mais

pausa pro auto-jabá

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http://www.metodistadosul.edu.br/editora_ipa/publicacoes.php?codigo=21348 ou http://www.editorasulina.com.br/autor_det_2.php?id=318 Nos dois sites, você pode fazer contato para  adquirir nosso livro, o Práticas em Biologia Celular , editado pela Sulina/IPA. Obra escrita a várias mãos amigas, é uma boa pedida para aulas de Biologia Celular, Histologia e afins. Modéstia às favas, eu recomendo!!! Bom, bonito e baratinho! Adquira na Livraria Book Garden, do IPA, e fale com a Mérlyn no 3388-4360, ela é gente boa!! Aproveite e veja os trabalhos dos demais colegas!! Se quiser, tem pela internet, em vários sites de compra de livros, mas não tem o atendimento amigo da Mérlyn.

sexta...

S ensação de ressaca. Juro que a coisa mais forte consumida nas últimas 24 horas foi  café preto, bem passado. Um casamento profano de sinusite e resfriado fazem minha cabeça parecer um bongô e lembrar das aulas de Anatomia, quando falo dos seios faciais. A mistura de pressão, vias aéreas entupidas e dor chata e constante são um convite a pedir a piedade dos deuses e deusas do tempo, pedindo uma clemente noite de descanso....se a sinusite deixar, claro. H oje, alunas da Psicologia me procuram, como abelhas ao redor das primeiras flores da primavera. O motivo foi tirar aquela velha dúvida dos canais de sódio, de cloreto, quem polariza, quem inibe, essas coisas que a gente ensina, na hora o aluno decora, acha que vai deixar na gaveta e lá um belo dia uma colega relembra que essas coisas existem. Ainda bem que me considero um professor com possibilidade de recall, pronto para repartir alguma coisinha que a gente tenha no HD externo. Ainda relembro as criaturas sobre as alegrias e prazer

Estrela, estrela

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Essa música tem um significado especial pra mim, pois foi das primeiras coisas decentes que aprendi a tocar,,,

heróis

Sexta-feira meu lado nerd que curte quadrinhos voltará a se manifestar. O aguardado longa metragem do Lanterna Verde, prometido desde os anos 80 pela Warner, estará em cartaz e, se tudo der certo, estarei lá pra ver. Personagem lançado na década de 40 ainda, sofreu modificações severas nos anos 50, quando o piloto de provas Hal Jordan assumiu o uniforme e o anel em concepções diferentes daquelas apresentadas na década anterior por Bill Finger (aliás, co-criador do Batman) e Martin Nodell para Alan Scott. Os poderes na verdade não são de Hal, ou de qualquer um dos membros da tropa de Lanternas, mas sim manifestos através de anéis energéticos, pela força de vontade de seu portador. O anel de Hal é vulnerável ao amarelo, que, na história, representa o medo, teoricamente a única coisa que pode limitar a força de vontade... Heróis são retratados na cultura popular desde o tempo da televisão a lenha. A própria Bíblia faz menção a dois personagens que teriam status de herói, pela cultura p

de laboratórios e cozinhas

Hoje, quero repartir uma experiência didática com vocês. Ontem, na aula de Bioquímica do curso de Biologia do IPA, resolvi dar uma inovada. Já que ainda estávamos falando em pH, tampões, etc., resolvi demonstrar o efeito do ácido acético comercial (leia-se vinagre) sobre o leite (leia-se leite mesmo), fazendo uma interessante ricota em laboratório... Em solução, quando as moléculas de uma proteína estiverem carregadas positivamente ou negativamente, a solubilidade dessa proteína será maior, aumentando a interação com a água. Existe um pH intermediário, que varia de proteína para proteína (pois depende dos radicais R variáveis dos aminoácidos que a constituem), em que há um equilíbrio entre as cargas positivas e negativas. Este pH é conhecido como PONTO ISOELÉTRICO da proteína – pI. Nesse pH, a proteína apresenta solubilidade mínima, porque a carga efetiva da molécula é nula (há um balanço entre cargas positivas e negativas). Se a solubilidade é nula, ela irá precipitar. Como a pro

alma de caracol...

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Somos poeira da estrela azul Rubra crista, cristal Vento forte, canavial Doce mel do mar Alma de caracol Rastro aceso ao luar, farol Na asa de cada olhar Ilusão, febre, talismã, Concha talhada a mão Cabelo do trigal A solidão do sol Espalhando em cada gesto seu olhar Derramando em cada olho seu azul Somos transparência da manhã Ar, aroma, romã, Segredo, suave mar, Anil, camaleão Verão, cor, aliança arco-íris, florir do chão Escuridão da dor Borboletas no coração Fogo na imensidão Trilha do temporal A solidão do sol Infelizmente, hoje em dia, quando se fala em música latino-americana, pouco se ouve dos clássicos dos anos 80, como Tarancón e Raíces de América, ou dos pioneiros Victor Jara, Atahualpa Yupanqui, Violeta Parra e Mercedes Sosa. Me lembro dos shows da reitoria da UFRGS, ou das chances que tive de vê-los em Sampa. A orquestração com instrumentos de origem andina até hoje soa como carinho aos ouvidos. O Tarancón ainda mesclava às várias formas da latinidad,

saia quase justa...

Bom...hoje às quatro e qualquer coisa da tarde, eu e Sophia chegamos ao estacionamento do Campus Dona Leonor, para ver a formatura dos cursos de Licenciatura em Música e Biologia, do Centro Universitário IPA. A convite de uma das formandas da Bio, fui lá, feliz, para ver uma bela e tranquila cerimônia. Como havia tempo, um papo de bastidores com os colegas Paulo, José Luiz, Paulo Francisco, Cecília e Aline fez o tempo voar enquanto via meus amigos vestindo-se naquelas togas de formatura, que te deixam tão à vontade quanto um sapato uma numeração menor em uma tarde de verão. O frenético ajuste de togas, o fixador de cabelo deixando seu odor no ar prometia... O que estranhei é que já passavam dez minutos da hora da formatura, e o sempre rigoroso e ultra-correto cerimonial do IPA nem sequer nos chamava. De repente, a notícia: a colega que seria a mestra de cerimônias não teria chegado. A tragédia sem anúncio prévio vem no horizonte cinza de Porto Alegre. De repente, olhares com uma cara

indignação em maiúsculas....

I MAGINO A CENA. A DRA. PATRÍCIA ACIOLI, DA 4ª VARA CRIMINAL DE SÃO GONÇALO, QUAL PERSONAGEM DE FILME POLICIAL OU DE HQ, É ELIMINADA COM 15 TIROS DE PISTOLAS, COM ARES DE EXECUÇÃO. A JUÍZA ERA FERRENHA INIMIGA DE BANDIDOS, EM ESPECIAL DAQUELES QUE SE ESCONDEM NA POLÍCIA. SABEMOS QUE, NO BRASIL, HÁ GRUPOS PARAPOLICIAIS QUE, MEDIANTE PAGAMENTO, “QUEIMAM ARQUIVO”. CONSTA QUE A JUÍZA ESTAVA NUMA LISTA DE NOMES MARCADOS PARA MORRER, POR SUAS AÇÕES CONTRA BANDIDOS QUE SE ESCONDEM EM MEIO À PM. FOI O SEGUNDO ATENTADO QUE ELA SOFREU. EM MEIO À INDIGNAÇÃO, UMA VOZ DISSONANTE SE ERGUE. A PROLE DO EXECRÁVEL JAIR BOLSONARO PROVA QUE UM FRUTO PODRE CAI JUNTO DE SUA ÁRVORE TORTA. O DEPUTADO ESTADUAL PELO RIO DE JANEIRO FLÁVIO BOLSONARO (PP), AFIRMOU NA MANHÃ DESTA SEXTA-FEIRA, EM SUA PÁGINA NO TWITTER, QUE A JUÍZA PATRÍCIA TINHA O COSTUME DE "HUMILHAR GRATUITAMENTE RÉUS". PARA O DEPUTADO, A MAGISTRADA COLECIONAVA MUITOS INIMIGOS, "NÃO PELO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO", MAS POR SUAS

crônica de uma quente sexta...

A pós duas horas e meia, quatro xícaras de café (fraco) e duas garrafas de água comusal (da COMUSA, o DMAE de NH), eu e alguns colegas julgamos as defesas de autos de infração aqui na prefeitura. Cabe dizer que o dono da chave do ar condicionado do prédio deve estar de férias, pois cozinhamos em nada simpáticos 31 graus (em agosto) aqui no Centro Administrativo. Poderíamos abrir as janelas, o chato seria catar os papéis secretaria afora. Hoje o dia começou cedo, aula de Bioquímica para a Enfermagem no IPA, explicar o tal do pH para apavorados discentes do primeiro semestre que pisam na sala de aula tremendo feito gelatina. Ao final da aula, o medo parece menor, a confiança um pouco maior... S igo para deixar um pouco de dinheiro de meu trabalho nas mãos da CORSAN e da Oi, em recompensa pelos serviços prestados de poupar água em sábados dedicados à faxinar a casa e quedas no sinal da internet de banda larga em época de digitação de notas. Expresso minha alegria ao balbuciar entre os d

noite de quinta-feira

Abro meu Facebook, já deitado na cama. A amiga Isa me lembra da chuva de meteoros perseidas, restos de um cometa que decoram os céus como estrelas cadentes, ou lágrimas de São Lourenço. Edu Lobo e Chico Buarque duetam a magistral Beatriz no vídeo do youtube. A televisão faz um background que enche o quarto, mas nem sequer faz cosquinhas em minha seleção musical. Os pés e panturrilhas aos poucos relaxam, pedindo piedade pelo dia cheio. A cabeça aos poucos se dá conta de que tenho que repousar um pouco, que seja...ainda temos a sexta-feira, o final de semana, a vida pela frente... Reflito o dia. Mastigo o freio, como se diz. Atividades, correrias, questionamento. Até que ponto preciso da correria? Será que a estabilidade está sendo cara? Será que vale o vôo ao desconhecido? Perguntas...respostas...muitas vezes chegando juntas... O olhos pesam. O sono chama nas pescadas que dou, pesadamente....Logo, começamos o mais esperado dos dias!

na alegria e na tristeza

Ontem, um amigo estava com jeito preocupado. Seu sorriso de sempre estava nervoso, e isso ele não consegue esconder de alguém com quem convive há mais de duas décadas e meia. Olhei fundo nos olhos, e a emoção se fez verbo, e o verbo se fez angústia. Graças a Deus, pude dar um forte abraço nesse amigo, cuja identidade poupo, bem como um estalado beijo na testa, lembrando que estava ali. Como diria Paul Simon, "I'm on your side, when times get rough". Temos um grupo de amigos que se conhece desde a adolescência. Éramos jovens, sonhadores/as, com idéias e vontades, desejos e ideais. Nem todos moravam em Porto Alegre, em que pese vários do grupo experimentassem alguma época a sina cigana das estradas (inclusive eu). Muitos vieram ao Porto aportar para estudos, alguns aqui ficando, outros indo ao interior natal ou buscando amores e raízes além do Mampituba. Há os que foram, lutaram e voltaram, como bons filhos que ao Porto retornam. Há os que aqui nasceram, aqui ficaram, tal

terça

Nem parece que estamos na segunda semana de agosto...a agenda exige malabarismos com o tempo, te fazendo desenvolver um jogo de cintura digno de passista de escola de samba carioca. É aula aqui, reunião ali, vistoria sobre a cidade, desce estrada, sobe estrada, anda na BR 116 com a velocidade de uma lesma reumática, a pilha de trabalhos começando a dar cria, rever os roteiros de aula novos e antigos, os trabalhos dos alunos lotando a caixa postal, às vezes dão uma vontade de dar um solene chute em algumas coisas, entrar na primeira caverna (pode ser uma das paleotocas da BR 116, em Novo Hamburgo, são bem legais pros devidos fins) e pedir pra ser acordado na abertuda da Copa do Mundo... Bom, como diria Chico, "me calo com a boca de feijão" ao me dar conta de que é preferível meu "tira o tubo" do que o ócio forçado que muita gente boa passa por aí, em que pese o ufanismo oficial de que estamos na sétima economia do mundo, segundo nosso ministro com nome de laticínio

segunda-feira...valhei-me Garfield!!!!

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O nobre e alaranjado gato Garfield, ídolo pop de 11 entre 10 gordinhos, tem um bordão muito interessante: "detesto segundas-feiras". Em meio a seu hilariante mau humor, vemos a inércia para começar a semana expressa através das palavras de seu criador, o cartunista Jim Davis. Bom, muitos de nós temos um quê do Garfield, e não me refiro ao pelame alaranjado, ao gosto por lasanhas, ao espírito de porco com que trata o cãozinho Oddie ou o sobrepeso acentuado. Refiro-me à inércia de segundas-feiras. Cabe lembrar que o Dia Mundial de Começo de Dieta é qual??? Me acostumei a ouvir as pessoas, em meio a uma avalanche de pratos, clamar quase em penitência: "começo a dieta amanhã". Vale lembrar que tal dieta em geral é sepultada na terça, quem sabe na quarta com uma dose de otimismo. Este sábado me antecipei à segunda-feira e NÃO comecei dieta nenhuma. Questão de coerência e, cá pra nós, não sou hipócrita... Ao invés de limitar a entrada, aumentei o gasto.

domingo

Domingo preguiçoso...o corpo dolorido de voltar a praticar exercícios, após um "retiro sabático" forçado pela agenda. As janelas da semana servirão bem para queimar os excessos acumulados por refeições de mentira feitas a bordo do carro, ou por barras de chocolate, dopping anti-ansiedade que perde seu poder magnético a cada anilha que volto a colocar nos halteres, ou a cada passada forte na esteira. O ser humano só sobreviveu às agruras das glaciações e eventos sazonais de migração de manadas e de secas ao aprender a saborear coisas energéticas. Os que não achavam palatável a medula dos ossos, o fígado de animais mortos ou o seu cérebro, dificilmente acumulavam reservas para dias de jejum forçado. Ter bons genes que permitiam acúmulo de gordura nos adipócitos, e passar esses genes adiante, fez a diferença. Com o tempo, as correntes migratórias humanas foi fazendo hábitos pularem através do Atlântico. De alemães e italianos, acostumados a uma lide rural pesada, herdamos h