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Mostrando postagens de julho, 2016

sessão coruja - Sophia

Bom, eu sou coruja. Muito. Tenho duas filhas maravilhosas. A mais velha, Sophia, escreveu o poema abaixo. Para fechar a semana, deixo vocês com o Unicórnio da Sophy.       Unicórnio Vista um vestido Arrume o cabelo Me perguntaram se eu sou homem Já ouviu dizer que homem não chora? Talvez um dia eu tenha chorado Talvez um dia eu tenha sido mulher Mas agora eu sou mais eu Eu não sou homem Eu não sou mulher Acho que eu não sou um ser humano Sou um alien Quem sabe um unicórnio Depois de tantos mandamentos Eu fiquei confusa Mas agora eu sou mais eu Talvez uma fada Talvez um alien Talvez um unicórnio Chega disso Agora eu sou mais eu Me visto como eu quero Arrumo meu cabelo como eu quero Canto como eu quero E ninguém vai me impedir Porque agora eu sou mais eu E ninguém o verdadeiro significado da palavra eu Apenas Deus Agora somos apenas eu, Deus,  Unicórnios,  Aliens,  Humanos,  Animais,  Anjos

futebol falado sério

Roger Machado foi um dos responsáveis pelas minhas alegrias futebolísticas nos anos 90. Foi jogador de futebol durante 20 anos, destacando-se naquele super-time do Grêmio, no tempo em que Jardel se preocupava em fazer gols, quando Arce e Paulo Nunes alçavam bolas precisas para a área, Dinho Cangaceiro era o cão-de-guarda da defesa de Danrlei, enfim, um bom tempo. De formação acadêmica sólida em Educação Física, Roger foge do estilo “boleiro” na sua função. Foge ao estereótipo quase caricatural de expressões como “fondo”, nem agradece à Antarctica pelas Brahmas enviadas depois do jogo. Ele usa o saber acadêmico para bem treinar o Tricolor Gaúcho. Buscou formação, informação, aliando ao aprendizado nas quatro linhas. Com isso, o time vem desenvolvendo uma interessante campanha no Brasileirão deste ano. Isso levou ao portal UOL a elencar suas frases, que definem seu refinado jeito de ver futebol. Eis o link, para apreciação: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2016/07/29

Johann Sebastian e João Gilberto

O autor A presente resenha foi escrita para a disciplina de História da Música I, ministrada pelo prof. Ms. Ayres Estima Pothoff no curso de Música do Centro Universitário Metodista IPA, em Porto Alegre. Achei legal a ideia de repartir com todos e todas o texto, que, modéstia às favas, ficou bem legível. O texto é baseado em um capítulo do livro de Celso Loureiro Chaves ”Memórias do Pierrô Lunar”, de 2006. O prof. dr. Celso Loureiro Chaves é graduado em Composição pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e é doutor pela University of Illinois. Trabalhou no Departamento de Assuntos Culturais da antiga SEC, na RBS e, desde 1977, é docente na Universidade Federal. Influenciado por Armando Albuquerque, sua obra de compositor e de escritor reflete sua formação. De sua autoria, Uma ideia de café resgata a obrado mestre Armando Albuquerque para piano. Memórias de um Pierrô Lunar , de 2006, foi lançado com uma coletânea de textos seus, onde desdobra-se em temas como os

A Garota Dinamarquesa – analisando o filme

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O estímulo de assistir o filme veio da professora e amigona Margareth Simionato. É uma obra forte, densa, bela. A narrativa do filme se inicia na Copenhagen da década de 1920. A pintora dinamarquesa Greta Wegener precisava finalizar o retrato da cantora Anna Fonsmark, que acabara de cancelar a sessão por causa de um ensaio. Ela então pediu ao marido, o também pintor Einar Wegener um pequeno favor: que vestisse as meias e os sapatos da retratada. Numa mistura de susto e excitação, Einar, depois de rogar por segredo, relaxou e começou a puxar a meia por cima da panturrilha. Nesse dia, ano de 1925, nascia Lili Elbe (“como o rio Elba”), a princípio vista como uma espécie de alter ego feminino do pintor. O que começou como mera solução para findar um trabalho acabou se tornando uma rotina para o casal: Einar passa a se vestir cada vez mais como Lili, por quem Greta se vê, num primeiro momento, estranhamente atraída. É uma história de amor surpreendente entre uma mulher brilhante, gener

sobre o grande Raul Ellwanger e seu Pealo de Sangue

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Raul Moura Ellwanger nasceu em Porto Alegre, em 17/11/47. O compositor, cantor e violonista iniciou sua carreira artística em 1966, no circuito universitário de Porto Alegre. Na época, as manifestações musicais daqui se espelhavam no movimento dos festivais do centro do país, como o da Record. Em 1968 era estudante de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e trabalhava como estagiário no escritório de advocacia de Afrânio e Carlos Araújo (ele mesmo, o ex-marido da presidenta golpeada da República). Desde essa época, Raul era um dos articuladores da Frente Gaúcha da Música Popular, que viria a ser chamado de MPG nos anos 80. Dessa época, veio sua participação no festival da TV Excelsior, no Rio de Janeiro, com a composição O gaúcho, finalista no evento em 1968. Em anos de chumbo, a provocativa letra dedicava à ditadura de plantão: "pros milicos trago estrago, pro inimigo outro balaço...” . Raul Ellwanger logo identificou-se com grupos que, ma

26 de julho....

É impossível passar em branco o dia 26 de julho, sem lembrar daqueles dois... Dona Eunice, seu Otacílio, há coisas na vida que ficam impossíveis de serem vividas ou feitas sem evocar vocês.  Nunca ouvi um jogo de nosso Grêmio sem imaginar o raspar nervoso das unhas bem cuidadas de meu avô contra qualquer superfície...nunca tomo uma xícara de café sem lembrar o aroma do precioso líquido passado fresquinho pela minha avó (se rolar uma goiabada, melhor ainda!).  Caminhar pelo Centro Histórico é 100% Vô Otacílio, assim como fazer somas e subtrações de cabeça, mais rápido que uma calculadora, como só ele fazia. Receber as pessoas para o papo na aconchegante cozinha da vó Nice, por horas, sem ver o tempo passar, é totalmente ela.  O bacana era quando ela convidava para (mais um) cafezinho recém passado, com um bolo novinho feito por ela na assadeira de alumínio enegrecida pelo tempo, ou um queijo trazido pelo vô do Mercado Público, cortado caprichosamente em pedaços, saboreado c

Morcego, piada, resiliência e outras viagens

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Ontem fomos assistir A piada mortal , adaptação para desenho animado da DC Comics, baseada na graphic novel de Brian Bolland e Alan Moore. O gibi foi publicado em 1988, e desde então tem sido sempre reeditado. A historinha tem três tramas, basicamente. Um prelúdio, onde a ainda Batgirl Barbara Gordon embolacha um mafioso de uma família de criminosos de Gotham, além de ter perpetrado com o morcegão uma das mais interessantes cenas de sexo implícito jamais vistas num desenho animado. Bom, se é implícito, pressuponho que não se viu "nada" mesmo, só o "vem cá meu morcego que Babs deu em Bruce...  Num segundo momento, depois que Barbara pendura a capa e passa a ter sua vida civil cotidiana, ocorre o ataque do Coringa, que havia fugido do Asilo Arkham, para atacar os Gordon. O comissário leva uma surra dos capangas do palhaço, que havia disparado um tiro à queima-roupa em Barbara, provavelmente no meio da região lombar, deixando-a paraplégica. Não contente, o Coringa des

um atacante do Caraglio!!

Deu na crônica esportiva em geral: o (salve o) Tricolor Paulista, vulgo São Paulo FC, está querendo trazer para o Morumbi, mais uma vez, o atacante argentino Milton Joel Caraglio. É, a pronúncia do sobrenome do boleiro portenho é exatamente como você pensou, "glio" tem som de "lho" em italiano, idioma da família do centroavante, atualmente defendendo o mexicano Tijuana. De acordo com o site Futebol Interior (http://www.futebolinterior.com.br/futebol/Sao-Paulo-SP/noticias/2016-07/Sao-Paulo-sonda-Boi-Bandido-mas-fica-perto-de-Milton-Caraglio), Caraglio, de 27 anos, ex-Velez Sarsfield, não é considera uma negociação das mais difíceis. Caraglio chegou em baixa ao Tijuana, meio murchinho, e deve ser seduzido por uma bela proposta do Tricolor Paulista. O time vai certamente exibir orgulhosamente o grande Caraglio no Morumbi, quer que todos vejam Caraglio com a camiseta tricolor, com o atacante lá na frente, entre os titulares. Cabe lembrar que o Tricolor já havia t

Benta, Nastácia e...Laís Madalena

Eu nem queria vir a Taubaté. Deixar a casa, o pessoal precisa de mim, tenho que fazer as coisas para eles...ah, mas Raul insistiu, não tive como dizer não. É aquilo, q uando uma ideia lhe é embutida na cabeça durante muito tempo, nem com boticão de dentista é possível arrancá-la... Lá vamos nós...espero que ele esteja em Guarulhos, não ia saber ir pra Taubaté, ia me atrapalhar toda!! Ainda bem que ele veio!! Hoje ele tem que resolver umas coisas de casa, médico, esse negócio de ter anfitrião da nossa idade é fogo, ela nunca vem sozinha! Bom, vou dar uma volta por aqui...combinei de almoçar no shopping! (algumas voltas depois...) Engraçado aquelas duas senhoras...parece que já vi essas duas em algum lugar! Duas vovós, uma de coquinho, óculos, a outra negra, gordinha, ar bonachão...gostei delas. Será que elas são quem eu estou pensando? (nisso, o papo das duas senhoras: "Nastácia, onde é que eu consigo esse programa de computador que o Visconde pediu??) Uma escutada

Dia Mundial (até certo ponto) do Rock

O Dia "Mundial" do Rock é, apesar do nome, uma data comemorada, nesse dia, somente no Brasil. Coisas da mídia... A coisa toda começou como uma homenagem ao megaconcerto de rock que rolou (trocadalho...) em 1985, o Live Aid. A celebração é uma referência a um desejo expressado por Phil Collins , participante do evento, que gostaria que, dadas as dimensões do evento, aquele dia fosse considerado o "dia mundial do rock". O megahipersuperevento também ficou conhecido por contar com grandes artistas abrigáveis sob o guarda-chuva do rock, que é tão saco de gatos quanto o nosso samba, vamos combinar: dos Stones e U2 a Paul McCartney, Elton John e a banda Queen, rolou de tudo um bocado, mas com uma excepcional qualidade. Mas... e o Live Aid? Bom, naquele 13/07/1985 (aliás, nosso niver de casório civil, Ka!!! Bjk, te amooo - N. do A.), Bob Geldof organizou o Live Aid com shows simultâneos em Londres e Filadélfia . O objetivo principal era combater a fome na Etiópia

Olhos abertos...Elis

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Atravessando uma ponte de noite, no meio da chuva Cercada pelo silêncio daquela cidade do interior Depois da ponte uma estrada de terra, molhada de chuva Cercada pelo silêncio e sem nenhum pedaço de amor Vendo os olhares desertos de tantas pessoas antigas Tantas pessoas amigas querendo um cigarro e um carinho Gente que puxa uma briga na estrada, com os olhos brilhando Precisa só de um abraço, bem forte e bem dado E eu quero encontrar as pessoas De mãos e olhos abertos Sem me preocupar com dinheiro e posição Eu preciso encontrar as pessoas Ficar de mãos dadas com elas Conversar com a boca e os olhos do coração

Um herói improvável e uma taça inédita

As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia lusitána, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram (Luis Vaz de Camões, Os Lusíadas , Canto I)    A maioria dos brasileiros tem um restinho de Portugal em sua história familiar. Ou nas suas relações pessoais. Por essa razão, a final da Euro teve uma certa torcida verde e amarela, associada aos gajos d'além mar que vibraram com o jogo.  E a vitória foi dupla, contra a França e sua torcida, e contra o tal Imponderável Futebol Clube, que tanto assola o futebol. O astro da equipe, Cristiano Ronaldo, deixara o campo francês com 25 minutos de jogo. Oh, stupoire, o que vamos a fazeire, ó pá?!  E o improvável vence o Imponderável. Um salvador e abençoado golzinho na prorrogação, de um atacante vindo da Guiné Bissau. Um atacante contestado, só havia jo

Mulher de Ferro

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Entre outras coisas, sou rato de quadrinhoteca. Curto gibis, sempre lendo com o velho filtro crítico, desde 1900 e guaraná com rolha. Já há algum tempo havia escrito aqui no blogue sobre a mudança de gênero do Thor, atualmente na pele de Jane Foster, uma profissional de saúde, portadora de um câncer de mama, que levanta o martelo Mjolnir e invoca os trovões e o escambau. Criou um Homem-Aranha negro, de origem latino-americana, Miles Morales, trazendo-o a seu universo canônico após um certo tempo na linha alternativa Ultimate. Genial!! Pelo jeito, a editora Marvel, que faz parte do conglomerado Disney atualmente, resolveu investir numa nova alteração de gênero. Dessa vez, foi além, aventurando-se a outra etnia, sem aquelas dos velhos personagens padrão WASP (branco, anglo-saxão e protestante, ou seja, típico republicano). Uma nova personagem, uma jovem negra, chamada Riri Williams, ingressa aos 15 anos no famoso MIT, e que havia feito uma armadura igual a de Tony Stark com

reverenda Gretta Vosper para bispa!!!

Deu no Terra. A reverenda Gretta Vosper, da Igreja Unida, no Canadá, deu uma guinada em sua ação pastoral ao assumir-se ateia. Não, eu não delirei, eu não entendi errado, não é pegadinha. Pastora, das boas, igreja cheia sempre, e ateia. Durante todo o culto da reverenda, ouve-se a palavra amor 43 vezes. Nenhuma vez o nome Dele é citado. A única cruz no templo foi escondida por uma série de feixes de pano coloridos, que formam uma espécie de arco-íris suspenso. Também não há mais orações ou citações bíblicas. Apenas uma conversa em que Vosper faz perguntas e convoca seu público a dividir experiências. "Não vejo qualquer evidência de que Deus exista, especialmente aquela figura benevolente que tem tudo sob seu controle". Para ela, Deus é apenas uma metáfora sobre as relações que estabelecemos com o mundo. As afirmações de Gretta têm provocado polêmica no seu país. Ela corre o risco de perder sua nomeação, devido às discussões junto à cúpula de sua igreja. A reverenda