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Mostrando postagens de junho, 2016

pra pensar

Quando você atravessar as águas, eu estarei com você; quando você atravessar os rios, eles não o encobrirão. Quando você andar através do fogo, não se queimará; as chamas não o deixarão em brasas. (Isaías 43:2) Bom final de semana!

valeu, Adriana!!

Nos idos dos anos 80, quando Porto Alegre apresentava vários espaços culturais interessantes de música (boa) ao vivo, um boteco simpático, com ceva gelada e boa música, se destacava na fronteira da Santana/Farroupilha com o Bomfim. O Fazendo Artes, ali pertinho da Cia de Guardas, na Vieira de Castro, era esse espaço. Ali, uma cantora mais ou menos da minha idade se destacava como atração fixa da casa. O nome: Adriana Calcanhotto. Desde o tempo em que ela vinha nas mesas, bebericar cerveja com o público nos seus intervalos, formou-se um clã de admiradores de seu trabalho. A princípio como intérprete, aos poucos fomos conhecendo seu trabalho autoral. Vieram os shows em Porto Alegre, no eixo Rio/Sampa, Adriana alçou voo para o centro do país, onde hoje está enraizada. A nora do poetinha hoje é cantautora reconhecida pelo grande público, com seu trabalho de qualidade que ganhou admiradores dentro e fora do país. Aliás, Adriana é polivalente. Além de seu trabalho autoral supermegac

considerações sobre "Mozart: Sociologia de um Gênio", de Norbert Elias

Pessoal, resolvi socializar o texto que apresentamos ao prof. Ayres Potthoff para a disciplina de História da Música I. Boa leitura! Sobre o autor Norbert Elias nasceu em Breslau, Alemanha, em 22 de junho de 1897, filho de Hermann Elias e Sophie Elias. Por memória afetiva, cabe a mim destacar que, dessa cidade, veio meu bisavô paterno.  Em 1915, Elias participou das mobilizações para a 1ª guerra, integrando o front ocidental. Iniciou os estudos de medicina e filosofia em Breslau no ano de 1918, frequentando dois semestres em Heidelberg e Freiburg, respectivamente. Defendeu sua tese de filosofia em 1924 e no ano seguinte foi morar em Heidelberg, ingressando na carreira universitária, onde encontra Karl Manheim e passa a se dedicar ao estudo da sociologia, até que 1930 tornar-se seu assistente em Frankfurt. Com a ascensão do nazismo, Elias deixa a Alemanha em 1934 e tenta encontrar um posto numa universidade da Suíça, depois na França. Foi para a Inglaterra em 19

estresse nosso de final de semestre

Com trocentas cores para serem usadas, o inverno resolve dar o ar de sua graça abusando no cinza de diferentes matizes...isso dá livro, alguém irá lembrar de 50 tons da referida cor. O frio está aí, e, se substituído por um calorzinho, dá lugar a chuvas e volta a ocupar seu gelado lugar. Uma vontade irresistível de fazer o despertador tocar no modo soneca por umas doze horas, ou enquanto estiver o céu de mau humor lá fora... E nisso, a agenda nos lembra de trabalhos, pareceres, manuscritos, textos, escrever, escrever e escrever. Parece que todo o planeta quer conhecer tua capacidade de produzir textos e coisas do tipo, que captem a leitura e a atenção, e, de preferência, tenham conteúdo cognitivamente aceitável... Bom...abaixar a cabeça, e teclar, escrever, criar...

tio Joaquim

Hoje estamos, em família, tristes. O tio Joaquim Pinto foi casado com uma prima de minha avó e tias-avós, é o pai de duas primas e um primo. Foi quem me apresentou Saint-Exupéry, aos dez anos, com um exemplar de "O Pequeno Príncipe". Foi quem me ensinou, pelo exemplo, que pessoas com pensares (e times, era colorado dos mais doidos...) diferentes podem, sim, viver em harmonia, em respeito e amor. Seguido ouço de novapratenses menção a seu nome, tantos anos de trabalho como médico por lá, fazendo partos de crianças que vim a conhecer já adultos/as. Tio, descansa no Senhor. Joga aquela partidinha com o vô e o tio Chico por aí...

A Casa em LIBRAS

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"como explicar a um leigo um meigo assassinato"

Na madrugada de sábado para domingo, ou seja, no glorioso 12 de junho, novamente vemos a intolerância ser maior que a vida. A noite de sábado prometia muita festa para o pessoal que curtia a boate Pulse, uma das maiores e, talvez, a preferida do público GLSTI.  A festa pelo jeito iria até o sol aparecer no domingo. Iria. Num lugar onde rolava uma festa de tema latino-americano, shows rolando no palco e, por volta das 02H00 da manhã, o ruído dos primeiros tiros. A princípio, parecia ser efeito da música. Não era. Cerca de cinquenta mortos e um número similar de feridos. Gente desesperada, querendo sair do paraíso gay que virara inferno de tiros de fuzil.  As balas do insano Omar Sadiqque Mateen estavam expressando seu "ódio" aos gays. Segundo o Estado Islâmico, Mateen era um "soldado do califado", ou seja, um dos doidos que não entendeu a mensagem de Maomé, de Allah e o Alcorão, e sai dando tiros a esmo no que ele acredita ser alvo, fazendo sua jihad equivoc

o japonês da Federal, a esposa do Cunha e falcatruices associadas

Deu no Pragmatismo. Semaninha bacana para cair um bocado de máscara dos probos, retos e abençoados por Deus que tomaram qual piratas a República. Vamos lá. Tudo começa quando o senhor Newton Ishii, policial federal, também conhecido como O Japonês da Federal, foi encanado, dia 7. Ishii virou o papagaio de pirata mais conhecido do país ao aparecer em fotos ao lado de presos da Operação Lava Jato . O Japonês da Federal ficou conhecido nacionalmente devido suas aparições em fotos conduzindo presos na Lava Jato. Virou marchinha de Carnaval, boneco, máscara, sempre populares nos protestos "contra a corrupção" e a favor do impeachment por todo o Brasil. A casa caiu quando o ex-senador Delcídio Amaral informou que o “japonês bonzinho”, além de facilitar a vinda de muamba paraguaia, também era o agente que vaza e vende informações da Lava Jato às revistas semanais.  A mídia forjou na imagem de Newton Ishii um tipo de herói contra os corruptos, só que esqueceu de seu próp

impávido que nem Muhammad Ali

Na linda canção "Um Índio", Caetano Veloso relata que o referido viria "impávido que nem Muhammad Ali". O ídolo do boxe, o bailarino dos ringues, o grandão que voava como uma borboleta, mas ferroava com seus punhos feito abelha foi nocauteado pela doença. Parkinsoniano há um bom tempo, possivelmente com a ajuda das inúmeras porradas que levou nos ringues, não foram menores os jabs e cruzados que levou da vida. Muhammad Ali nasceu com o nome de Cassius Marcellus Clay, Jr. em 17 de janeiro de 1942, no Kentucky. O mais velho de dois meninos, recebeu (ele e seu pai, claro) o nome de um político abolicionista homônimo. Seu pai pintava outdoors , e sua mãe, dona Odessa Clay, era empregada doméstica. Cassius Sr., metodista, viu os filhos convertidos à igreja batista, por influência materna.  Ali teve seu primeiro contato com o boxe do chefe de polícia e técnico de boxe Joe E. Martin em Louisville, sua cidade natal, que o encontrou com 12 anos batendo no ladrão que e

coragem!

Considerada a "profissão mais antiga do mundo" por alguns, a Prostituição é alvo de estigmatização, preconceito e muita hipocrisia por parte da sociedade. Basta lembrar que a expressão "filho/a da puta" é considerada ofensa das mais pesadas. Pois a Monique Prada, presidente da CUTS (Central Única dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sexuais), escreveu uma carta de apoio à presidenta golpeada Dilma Roussef. O texto é emocionante e forte. Divido com vocês, a partir do que obtive do Pragmatismo Político (http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/05/prostituta-divulga-carta-aberta-a-dilma-rousseff.html). Querida Presidenta: (E escrevo ‘Presidenta’ bem assim, com ‘P’ maiúsculo e ‘a’ no final, Presidenta. O som gostoso dessa palavra que nunca antes tínhamos ouvido, porque nunca antes tivemos uma presidenta. O som lindo desta palavra que, para nós, passa a existir a partir de ti – embora já fizesse parte do vocabulário da língua portuguesa há décadas, nos era

Pai Nosso

Gosto da versão do Pai Nosso de Zé Vicente. Me resgata o tempo em que as igrejas cristãs tinham um forte engajamento sócio-político, com clara definição de postura em favor do povo empobrecido, das minorias, dos perseguidos. Reparto com vocês, já em clima de quase 50... Pai nosso, dos pobres marginalizados Pai nosso, dos mártires, dos torturados. Teu nome é santificado naqueles que morrem defendendo a vida, Teu nome é glorificado, quando a justiça é nossa medida Teu reino é de liberdade, de fraternidade, paz e comunhão Maldita toda a violência que devora a vida pela repressão. Queremos fazer Tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador, Não vamos seguir as doutrinas corrompidas pelo poder opressor. Pedimos-Te o pão da vida, o pão da segurança, o pão das multidões. O pão que traz humanidade, que constrói o homem em vez de canhões Perdoa-nos quando por medo ficamos calados diante da morte, Perdoa e destrói os reinos em que a corrupção é a lei mais forte. Protege-nos da

tocar...

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Não nego. Curto muito meu ofício paralelo de Músico. Hoje, tive a chance de fazer a abertura da Semana de Meio Ambiente da Prefeitura de Novo Hamburgo com o parceiro, colega e amigo Fernando Marco. Ele cantando e tocando o violão, este que vos bloga na flauta, rezando pra Nossa Senhora do Contraponto baixar nas chaves da transversal. Baixou, barulhinho da melhor qualidade, animado pelos coleguinhas de prefa, som bem pilotado pelo colega Sandro da SMED... o divertido é o ar de surpresa do pessoal ao saber que tivemos a quantia exata de zero ensaios prévios ao evento, vai ver por isso deu certo! Usando as palavras da cantora Adrielle Gauer, "que eu aproveite os momentos de forma especial para que eles não sejam apenas segundos passando depressa sem deixar possibilidades de eu sentir sua essência...". Os olhos encantados e espantados foram boa paga pelos serviços espirométrico-digitais de tocar os temas que Fernando cantava. Tocar com Fernando é muito bom, daqueles parcei