uma história com um final feliz...

1983. A então acadêmica do jovem curso de Fisioterapia das Faculdades IPA, Vera Lúcia Widniczic recebe uma premiação. Uma medalha no Campeonato Panamericano de Patinação. Alegria. Momento mágico. Reconhecimento até do governo do Estado... uma tristeza ela trazia, no entanto. Sua própria instituição de ensino nem sequer havia dito um mero "parabéns"...

Vera seguiu. Estudou, aperfeiçoou; mais que uma terapeuta de mão cheia, ali surgia uma docente. O complexo nome polonês ganhou o Striebel marital, germanicamente simples... As filhas, a carreira...

Uma situação que guardo dela com grande carinho foi em um sábado desses modorrentos de IPA em 2010. Uma paralisia se instalava em meu rosto. O susto foi debelado pelo olhar clínico e crítico da amiga e colega Vera, que me enxotou para o Hospital da PUC, com o carinho e o zelo que só as boas amigas e amigos o fazem...

Um belo dia e Vera é colocada na cadeira de coordenadora do curso que lhe deu uma profissão. Certamente a loira deve ter sentido aqueles arrepios de alma, mas rolou a bola no chão e tocou o jogo com classe. Nunca esperaria nada diferente dela.

Diferente foi o dia em que veio a notícia. Aquela aluna do quarto semestre, a Graciele...é, a mesma que compete pelo União, de Pelotas...olha lá, ela foi pra Guadalajara!!!! Expectativa...torcida...vibração positiva...E vieram as pesadas medalhas prateadas. E uma de nossas meninas-peixinhas gravava seu nome em portais de notícia e nos anais do Panamericano.

Dando um exemplo de dignidade e fazendo jus a sua fama de mãe carinhosa, veio a preocupação com a acolhida da peixinha de prata. Telefonemas, contatos, nãos e vejabens. A polaca então pede: só quero a arte, eu farei a faixa!

Ela fez. 

Ligou para a empresa indicada.

A pergunta: "quanto custa, moço?"

a resposta: "é pra moça do Pan?? Esquece, professora, é presente da empresa!!!"

O abraço emocionado, ornamentado pela orquídea, sela toda uma história de vida.

Ao invés de fechar-se em um casulo de mágoa, ela preferiu abrir portas e sorrisos, selando laços de amizade e carinho. 

A moça dos patins trouxe à peixinha de Pelotas o reconhecimento que, em outros tempos, não lhe veio. O que importa é o lindo gesto do hoje, que projeta um amanhã lindo...para elas e para nós.

Valeu, colega!!!

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