absurdo dos absurdos...

Pois se não bastassem os absurdos diários galopantes, como a conta "batom na cueca" do sr. presidente da Câmara na Suíça, se não bastasse a atuação perdida da seleção brasileira diante dos chilenos, as mídias nos trazem mais uma notícia, no mínimo, amarga...

Conforme o pessoal do Pragmatismo Político noticiou, a sra. faxineira, de 32 anos, mãe de quatro filhos, mulher humilde e trabalhadora, foi detida pela Polícia Federal de Roraima. Seu crime: furto qualificado de um chocolate que estava na mesa do doutor delegado-corregedor Agostinho Cascardo. A "perigosa meliante" retirou o bombom de uma caixa e comeu. O doutor delegado se deu ao trabalho de analisar as câmeras de segurança da sala e ainda fez a tia da faxina pegar a embalagem do chocolate na lata do lixo, para servir como “prova do crime”. Como é comum nos órgãos públicos, a acusada trabalhava para uma empresa terceirizada. Por ordem, pedido ou seja lá o que for do sr. dr.,  foi demitida por justa causa por “quebra de confiança”. O caso não passou incólume na internet:  internautas de Roraima iniciaram uma campanha para arrecadar chocolates e doar ao delegado. A campanha ficou conhecida como Operação Sonho de Valsa. Lembra os nomes das operações da própria Peefe. Em entrevista a veículos de comunicação de Roraima, a faxineira admitiu ter comido o chocolate, mas disse que não imaginou que o delegado fizesse tanta questão de apenas um dos bombons. 

Ela prestou depoimento por quase uma hora e assinou a “notícia-crime” se dizendo constrangida e envergonhada. O caso foi encaminhado para Brasília e a instituição não vai se posicionar sobre o assunto. Ainda conforme a assessoria, não houve prisão em flagrante e foi pedido arquivamento do caso ao Ministério Público Federal pelo “valor irrisório” do crime. A comunicação da PF confirmou que foi feita uma notícia-crime e que a demissão da mulher aconteceu por justa causa.

O Inquérito Policial foi arquivado, mas o caso foi classificado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seccional Roraima, como "abuso de poder". O presidente da OAB-RR, Jorge Fraxe, analisou que a autuação da faxineira foi "desproporcional", já que o ato não feriu o patrimônio de ninguém e, dessa forma, não pode ser considerado crime. O advogado afirmou que o ato cometido por ela pode ser enquadrado como "desvio de conduta leve" e não haveria a necessidade de ter aberto um inquérito policial sobre o caso. Ele orientou a faxineira a registrar o ocorrido na Comissão de Direitos Humanos da OAB-RR para o caso ser analisado. A faxineira ainda não decidiu se contratará um advogado para se defender ou buscar reparação. A OAB local, por sua vez, informou que vai analisar queixa na Comissão de Direitos Humanos, se ela for registrada.

Pausa. Era uma faxineira. Uma mulher com fome, certamente. O egoísmo do delegado me surpreende e revolta. Punir com a perda do emprego uma pobre coitada que comeu um raio de um bombom...pelamordeDeus! E se achar o dono da razão... caraca! Sua vida deve ser muito amarga para que ele precise de todos os chocolates do raio da caixinha... Se fosse um pouco mais revanchista, desejaria ao delegado uma bela diabete tipo II, com glicemia beeem alta. Fica a dica.

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