¡Me gustan los estudiantes a mi tambien, madre Violeta!!!!

Violeta Parra é, para mim, uma das maiores compositoras do cancioneiro mundial. Para muitos autores, ela pode ser considerada a mãe da canção engajada com as lutas populares.

Violeta del Carmen Parra Sandoval –­ cantora, compositora, poeta, artesã, artista plástica e folclorista, trouxe a base para o desenvolvimento de um vibrante movimento estético-musical-político chamado Nueva Canción Chilena, nas décadas de 1960-1970, com base nas culturas populares tradicionais e no ativismo político.

Na década de 1950, recebeu diversos prêmios, entre eles o de folclorista do ano, em 1954. Convidada a se apresentar na Europa, visitou a Polônia e fixou-se na França por dois anos, onde realizou inúmeros shows e gravações.

De regresso ao seu país, morou na cidade de Concepción e, em 1958, já estava novamente em Santiago, continuando suas atividades musicais e também se dedicando à pintura e à tapeçaria. Na década seguinte, com os filhos Ángel (1943-2017) e Isabel, esta até hoje em atividade, fez apresentação na Argentina e nova viagem para a Europa, passando pela Finlândia, pela então União Soviética, Alemanha, Áustria, Itália e França. Permaneceu em Paris por mais três anos, atuando como cantora e artista plástica.

Em 1965, estava novamente de regresso ao Chile e criou uma grande tenda, tipo de circo, como um centro cultural próximo a Santiago, a "Comuna de la Reina". Um ano antes, Ángel e Isabel também iniciaram na capital chilena a Peña de Los Parra, sempre com apresentações musicais e outras expressões artísticas, que foi local importante de gestação do movimento da Nova Canção Chilena. Violeta também se apresentou ali. Faleceu em 1967.

Violeta escreveu, entre outras pérolas do cancioneiro do Sul do Mundo: "Volver a los 17", gravada de forma singular por Milton Nascimento e Mercedes Sosa; "La Carta", com fortes versos como "os famintos pedem pão; chumbo lhes dá a polícia". Lírica em "Gracias a la vida", é dela, inspirada nas lutas estudantis de 1954 na Colômbia, a belíssima e atual "Me Gustan los Estudiantes", escrita por Violeta em 1963. Em metáforas bem construídas, ela fala da importância da Educação. Eis a letra:


¡Que vivan los estudiantes,
jardín de las alegrías!
Son aves que no se asustan
de animal ni policía,
y no le asustan las balas
ni el ladrar de la jauría.
Caramba y zamba la cosa,
¡que viva la astronomía!
¡Que vivan los estudiantes
que rugen como los vientos
cuando les meten al oído
sotanas o regimientos.
Pajarillos libertarios,
igual que los elementos.
Caramba y zamba la cosa
¡vivan los experimentos!
Me gustan los estudiantes
porque son la levadura
del pan que saldrá del horno
con toda su sabrosura,
para la boca del pobre
que come con amargura.
Caramba y zamba la cosa
¡viva la literatura!
Me gustan los estudiantes
porque levantan el pecho
cuando le dicen harina
sabiéndose que es afrecho,
y no hacen el sordomudo
cuando se presenta el hecho.
Caramba y zamba la cosa
¡el código del derecho!
Me gustan los estudiantes
que marchan sobre la ruina.
Con las banderas en alto
va toda la estudiantina:
son químicos y doctores,
cirujanos y dentistas.
Caramba y zamba la cosa
¡vivan los especialistas!
Me gustan los estudiantes
que van al laboratorio,
descubren lo que se esconde
adentro del confesorio.
Ya tienen un gran carrito
que llegó hasta el Purgatorio
Caramba y zamba la cosa
¡los libros explicatorios!
Me gustan los estudiantes
que con muy clara elocuencia
a la bolsa negra sacra
le bajó las indulgencias
Porque, ¿hasta cuándo nos dura
señores, la penitencia?
Caramba y zamba la cosa
¡Qué viva toda la ciencia!


Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

histologia da próstata masculina

histologia - pulmão

de punhetas e grelos d'além mar...