outra boa requentada...essa é de março!
Dia 22 de março fiquei sabendo que o jovem urso polar Knut foi encontrado morto em seu recinto, no Zoo de Berlin, no sábado próximo, dia 19. Lembro de toda a controvérsia que muitos eco-ativistas sustentaram em torno dele. Afinal, era um urso polar, espécie em franco declínio na natureza, devido ao derretimento das geleiras polares. No entanto, vários "ambientalistas" sustentavam que ele deveria ter sido eutanasiado...eufemismo para um ursocídio.
Se é uma espécie em extinção, todo e qualquer esforço para gerar centros de reprodução devem ser considerados de valor. Assim, vejo como um desperdício a idéia de alguns ecomalas de sacrificar o bicho. É um animal a menos a oferecer diversidade genética para reproduzir proles saudáveis do grande Ursus maritimus. Tá bom, o bicho não era muito jeitoso com as fêmeas que eram colocadas em seu recinto...talvez "humanizado" demais pelo convívio com seu tratador, também falecido.
Era ainda um jovem, imaturo, bobão e feliz. Ainda teria que amadurecer, virar um urso macho adulto a pleno, senhor de seu espaço no Zoo, mas agora está morto. As necrópsias foram feitas, sua morte, em que pese estar aparentemente saudável, deveu-se a uma encefalite, que o fez desmaiar e se afogar. Hoje, ele deve estar junto de seus ancestrais, mortos por séculos por um certo bípede que invadiu seus domínios, reduzindo-os a parcas geleiras.
Se é algo que, realmente, é preocupante, é o fato de que o aquecimento global está permitindo que Knut tenha uns primos pelo menos esquisitos: já não são raros os casos de cruzamentos entre os grandes ursos cinzentos do Canadá e Alasca com os polares...sabe-se lá no que vai dar isso, se é uma prole fértil ou um esforço reprodutivo desperdiçado a esmo.
Knut nos fez olhar da importância do aquecimento global, ainda visto como uma "lenda" ou uma "teoria" por tantos. De fato, os domínios do grande branco estão escasseando, geleiras cada vez desmoronam em blocos glaciais, reduzindo o espaço para a diversidade de vida no pólo norte, e no sul também. Se não houver um repensar de matrizes energéticas, de uso de combustíveis fósseis, de valorizar a alternativa eólica, logo os primos de Knut serão apenas animais de zoológico...ou empalhados em museus...ou reproduzidos em pelúcias, tristemente jogados em algum armário. Como ele, seus parentes de óculos peruanos, os vários ursos do sudeste asiático e os pardos e negros, todos alvo de caça, destruição de habitats, aquecimento global e poluição. E nós, sem o olhar misto de força e ternura dos gigantes peludos, que tanto embalam e ninam nossa infância e de nossos/as filhos/as..
Se é uma espécie em extinção, todo e qualquer esforço para gerar centros de reprodução devem ser considerados de valor. Assim, vejo como um desperdício a idéia de alguns ecomalas de sacrificar o bicho. É um animal a menos a oferecer diversidade genética para reproduzir proles saudáveis do grande Ursus maritimus. Tá bom, o bicho não era muito jeitoso com as fêmeas que eram colocadas em seu recinto...talvez "humanizado" demais pelo convívio com seu tratador, também falecido.
Era ainda um jovem, imaturo, bobão e feliz. Ainda teria que amadurecer, virar um urso macho adulto a pleno, senhor de seu espaço no Zoo, mas agora está morto. As necrópsias foram feitas, sua morte, em que pese estar aparentemente saudável, deveu-se a uma encefalite, que o fez desmaiar e se afogar. Hoje, ele deve estar junto de seus ancestrais, mortos por séculos por um certo bípede que invadiu seus domínios, reduzindo-os a parcas geleiras.
Se é algo que, realmente, é preocupante, é o fato de que o aquecimento global está permitindo que Knut tenha uns primos pelo menos esquisitos: já não são raros os casos de cruzamentos entre os grandes ursos cinzentos do Canadá e Alasca com os polares...sabe-se lá no que vai dar isso, se é uma prole fértil ou um esforço reprodutivo desperdiçado a esmo.
Knut nos fez olhar da importância do aquecimento global, ainda visto como uma "lenda" ou uma "teoria" por tantos. De fato, os domínios do grande branco estão escasseando, geleiras cada vez desmoronam em blocos glaciais, reduzindo o espaço para a diversidade de vida no pólo norte, e no sul também. Se não houver um repensar de matrizes energéticas, de uso de combustíveis fósseis, de valorizar a alternativa eólica, logo os primos de Knut serão apenas animais de zoológico...ou empalhados em museus...ou reproduzidos em pelúcias, tristemente jogados em algum armário. Como ele, seus parentes de óculos peruanos, os vários ursos do sudeste asiático e os pardos e negros, todos alvo de caça, destruição de habitats, aquecimento global e poluição. E nós, sem o olhar misto de força e ternura dos gigantes peludos, que tanto embalam e ninam nossa infância e de nossos/as filhos/as..
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