multiplicando e dividindo
Estava pensando na semana. Desde criança vou na igreja. Algumas vezes mais frequente, outras nem tanto. No entanto, sempre cultivei a fé, acreditando nos princípios do carpinteiro nazareno conhecido como Jesus, o Cristo. Muitas vezes, nas zapeadas da madrugada, vejo as igreja$ neopenteco$tai$ falando bobagem sobre Ele...o que me dá ótimos motivos para recuperar o sono!
Uma passagem sobre a qual se fala muita bobagem é a da multiplicação dos pães. Seguido transformam Jesus numa espécie de xerocadora de pãozinho e peixinho, dando um caráter quase de mágico ao filho de Deus. Pessoalmente, vejo por outro prisma, mais real, mas ao mesmo tempo mais divino da coisa toda.
Quando Jesus falava às pessoas, é comum os textos bíblicos falarem a expressão "afora mulheres e crianças". Imagina o que era o tratamento dispensado a eles na época. De fato, Jesus valorizou a infância como praticamente nenhum outro profeta de sua época, assim como valorizou a mulher. Assim, uma leitura mais atenta às passagens revela um Jesus empolgado em curar e falar às pessoas, com paixão, sobre seu ministério.
Daí, os discípulos se apavoram com o cair da noite, e a demanda por alimento. A resposta de Jesus seguia seu peculiar senso de humor, quando Ele os manda dar de comer. A única pessoa que abriu sua bolsa foi, justamente, um garoto. Certamente os pais dele o fizeram levar um pouco de peixe defumado e pão, comida típica aquela época, barata e que sustenta. Por sua pureza e generosidade, o garoto logo resolveu partilhar sua refeição. Jesus deu graças por aquela comida. Mas e daí, e de onde saiu o resto?
Certamente ver o Mestre abençoar aquela parca e magra refeição para tanta gente, mexeu com as pessoas. Não era costumeiro da época fazer aquelas incursões sem algo no alforje. Certamente, mais pessoas tinham lanchinhos similares àqueles. E as mãos fechadas iam se abrindo. E imagino o olhar de Cristo, ao ver as pessoas vencendo o egoísmo, tocadas pelo garoto. Claro, se todas as pessoas levavam lanches como o menino, era de se esperar tamanha fartura que sobrassem cestos e cestos de sobras boas de comida.
O milagre é esse. O despertar da generosidade, da solidariedade, da irmandade. Com um exemplo de uma criança, se fez o banquete, a fartura do repartir e do compartilhar. E o ensino de Jesus se fez prática, se fez parte da vida daquelas pessoas. Aí reside o milagre. A comunidade é chamada a não ficar parada, mas ir além. Deus não quer a pobreza, mas a igualdade social. Um dos grandes males que assolam o ser humano é o desejo incontrolável de ter para guardar e ostentar o poder da posse. A felicidade não está no ter, mas no ser e nas relações. O menino sabia disso. Também as pessoas em nossa época podem descobrir essa lição. Os ensinos de Cristo atravessam milênios, mas não é tarde para ir atrás do Homem de Nazaré, do Reino de Deus e de Sua Justiça e Paz.
Um ótimo domingo, gente!
Uma passagem sobre a qual se fala muita bobagem é a da multiplicação dos pães. Seguido transformam Jesus numa espécie de xerocadora de pãozinho e peixinho, dando um caráter quase de mágico ao filho de Deus. Pessoalmente, vejo por outro prisma, mais real, mas ao mesmo tempo mais divino da coisa toda.
Quando Jesus falava às pessoas, é comum os textos bíblicos falarem a expressão "afora mulheres e crianças". Imagina o que era o tratamento dispensado a eles na época. De fato, Jesus valorizou a infância como praticamente nenhum outro profeta de sua época, assim como valorizou a mulher. Assim, uma leitura mais atenta às passagens revela um Jesus empolgado em curar e falar às pessoas, com paixão, sobre seu ministério.
Daí, os discípulos se apavoram com o cair da noite, e a demanda por alimento. A resposta de Jesus seguia seu peculiar senso de humor, quando Ele os manda dar de comer. A única pessoa que abriu sua bolsa foi, justamente, um garoto. Certamente os pais dele o fizeram levar um pouco de peixe defumado e pão, comida típica aquela época, barata e que sustenta. Por sua pureza e generosidade, o garoto logo resolveu partilhar sua refeição. Jesus deu graças por aquela comida. Mas e daí, e de onde saiu o resto?
Certamente ver o Mestre abençoar aquela parca e magra refeição para tanta gente, mexeu com as pessoas. Não era costumeiro da época fazer aquelas incursões sem algo no alforje. Certamente, mais pessoas tinham lanchinhos similares àqueles. E as mãos fechadas iam se abrindo. E imagino o olhar de Cristo, ao ver as pessoas vencendo o egoísmo, tocadas pelo garoto. Claro, se todas as pessoas levavam lanches como o menino, era de se esperar tamanha fartura que sobrassem cestos e cestos de sobras boas de comida.
O milagre é esse. O despertar da generosidade, da solidariedade, da irmandade. Com um exemplo de uma criança, se fez o banquete, a fartura do repartir e do compartilhar. E o ensino de Jesus se fez prática, se fez parte da vida daquelas pessoas. Aí reside o milagre. A comunidade é chamada a não ficar parada, mas ir além. Deus não quer a pobreza, mas a igualdade social. Um dos grandes males que assolam o ser humano é o desejo incontrolável de ter para guardar e ostentar o poder da posse. A felicidade não está no ter, mas no ser e nas relações. O menino sabia disso. Também as pessoas em nossa época podem descobrir essa lição. Os ensinos de Cristo atravessam milênios, mas não é tarde para ir atrás do Homem de Nazaré, do Reino de Deus e de Sua Justiça e Paz.
Um ótimo domingo, gente!
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