Sir Christopher, descanse em paz!
Christopher Lee. O
intérprete de personagens sombrios que pediu para não ser lembrado
como “lenda do cinema de horror”. O homem alto, de aspecto
soturno, era de família nobre: pelo lado materno, tinha, entre seus antepassados, o imperador Carlos Magno. Sir Lee deu vida ao Conde Drácula, a Lorde Saruman, ao detalhista
dr. Wonka – o pai do Willy da Fábrica de Chocolates, o matador de
aluguel Franciso Scaramanga, a.k.a Homem da Pistola de Ouro, do filme
do 007 (aliás, o criador de James Bond, Ian Fleming, era seu primo),
o Conde Dooku, dos episódios II e III da saga Star Wars.
Era casado por mais de
meio século com a modelo dinamarquesa Gitte (Brigitte) Lee, com quem
teve uma filha, chamada Christina Erika Lee. Lee foi combatente na
Segunda Guerra Mundial, atuou nas forças de operações especiais da
Grã-Bretanha na 2ª Guerra Mundial. Fez parte do Serviço Aéreo
Especial [SAS, na sigla original], combatendo o Eixo.
Era ligado ao PETA,
militando pelo direito dos animais. O veterano vilão do cinema era,
na verdade, um herói dos direitos animais, emprestando a poderosa
voz às locuções do PETA. Uma vez, ao questionar o uso de animais
em experimentos, ele afirmou, de forma polêmica: “When you donate
money to the American Heart Association, you help fund cruel,
pointless experiments on animals. Please don’t support any charity
that kills.” Desafiador e sábio.
Pra quem acha que rock
pesado é coisa de gente jovem, o eterno Drácula era chegado num
heavy metal. Gostava muito de heavy metal. Gravou vários trabalhos.
Uma vez afirmou: "Associo o heavy metal à fantasia pelo
tremendo poder que transmite". Num de seus trabalhos como
cantor, o álbum “Metal knight", tinha o clássico tema de “O
homem de La Mancha”, "The impossible dream". Para Sir
Lee, "Don Quixote é o personagem de ficção mais heavy metal
que conheço".
Um homem que se fez
famoso por interpretar vilões, mas que era um ser totalmente do
bem...fique em paz, Conde Drácula!
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