Magia
Um dos componentes mais queridos do MPB4 era o Magro Waghabi. Arranjador, compositor, tecladista, Antônio José Waghabi Filho faleceu em 2012. Era o responsável pelos belos e intrincados arranjos vocais do MPB4. Como compositor, uma de suas obras mais belas é a que contaremos aqui, chamada "Magia". A história dessa pérola que poucos conhecem na MPB é contada no site Vozes do Magro (https://vozesdomagro.wordpress.com/) pela Mônica Thiele Waghabi, companheira do falecido Magro Waghabi, do MPB4, sobre a parceria do Kleiton Ramil com o Magro, gravada em 1982 no LP “Tempo, Tempo”.
O MPB4 gravou a música “Vira, Virou”, do Kleiton, todos conhecemos, gostamos, no LP de mesmo nome, aliás estampando a capa a linda letra dos guris de Pelotas, em 1980. Por ocasião da turnê de lançamento do disco, convidaram a dupla Kleiton & Kledir, na época ainda pouco conhecidos do público do centro do país (aqui eram da casa...), para fazerem uma participação nos shows e assim ganharem visibilidade. E lá foram mundo afora montados em seus próprios dorsos, diria Renato Teixeira.
Mas a história de “Magia” vem mesmo quando Magro ouviu “Vira, Virou” gravada pela dupla. Ela tem uma bela e longa introdução, bem conhecida, qualquer pessoa que fez Flauta Doce com a profe Kitty lembra. O Magro a achou tão especial que disse pro Kleiton que era um embrião de uma composição, que merecia ser desenvolvida e se transformar numa outra música. Lá ficou Kleiton com isso na cabeça. Não passou muito tempo e ele entregou a música e pediu ao Magro que escrevesse a letra, firmando, assim, a parceria. Essa é a “Magia”. Literalmente. Curta. Aprecie sem moderação!
soundcloud.com/monica-thiele-waghabi/magia-kleiton-ramil-e-magro
Quando vejo o dia amanhecer
ResponderExcluirQuando vejo anoitecer
Mágica, Música, Vejo você
Treme o lábio, treme o coração
Treme o corpo todo de emoção
Sólida, Súbita fascinação
Ser pra sempre o seu trovador
Ter pra sempre todo o seu calor
Navegar seu corpo e pouco a pouco
Descobrir os loucos ais do amor
Me entregar completamente assim
Saciar desejos e por fim
Derramar a vida, a mente
No seu corpo quente que geme por mim
Vem
Pálida, úmida, cálida
Ah
Vem arder, vem queimar e morrer
Mas, seu barco leva a minha paz
Parte em busca de outro cais
Se partiu, se levou, não volta mais
Só sobrou meu corpo na paixão
Naufragado em solidão
Chora o mar, chora o amor
Lamento em vão
Nunca mais serei o seu cantor
Nunca mais terei o seu calor
Nunca mais navegarei seu corpo
Nunca mais os loucos ais de amor
Me perdi completamente em mim
Sou um porto abandonado enfim
Mergulhei avidamente num mar de tristezas
Que não tem mais fim
Ah
Pálido, úmido, cálido
Ah
Me arder, me queimar e morrer
Poesia de Vitor Ramil irmão de Kleiton e Kledir.
ResponderExcluirEstá música é maravilhosa, e não se encontra nos aplicativos musicais! Porque?
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