Dia Mundial (até certo ponto) do Rock
O Dia "Mundial" do Rock é, apesar do nome, uma data comemorada, nesse dia, somente no Brasil. Coisas da mídia... A coisa toda começou como uma homenagem ao megaconcerto de rock
que rolou (trocadalho...) em 1985, o Live Aid. A celebração é uma referência a um desejo expressado por Phil Collins,
participante do evento, que gostaria que, dadas as dimensões do evento, aquele dia fosse considerado o
"dia mundial do rock". O megahipersuperevento também ficou conhecido por contar com
grandes artistas abrigáveis sob o guarda-chuva do rock, que é tão saco de gatos quanto o nosso samba, vamos combinar: dos Stones e U2 a Paul McCartney, Elton John e a banda Queen, rolou de tudo um bocado, mas com uma excepcional qualidade.
Mas... e o Live Aid? Bom, naquele 13/07/1985 (aliás, nosso niver de casório civil, Ka!!! Bjk, te amooo - N. do A.), Bob Geldof organizou o Live Aid com shows simultâneos em Londres e Filadélfia. O objetivo principal era combater a fome na Etiópia. Na época, o país, situado no chamado "chifre da África", teve um de seus vários períodos de fome. Secas, guerrilhas, a própria situação política do país, vários problemas levaram a Etiópia a um quadro de penúria. Estima-se mais de um milhão de pessoas mortas direta ou indiretamente pela fome, naquela época.
O evento chamou a atenção por contar com a presença de uma imensa diversidade de artistas. Entre os participantes, estavam desde Joan Baez, David Bowie, Paul McCartney, Sting e BB King, ao heavy do Black Sabbath. Todas as tribos do rock contempladas. Os shows foram transmitidos ao vivo pela BBC para diversos países e se somaram a tantas ações para abrir os olhos do mundo para a miséria no continente africano.
O rock tem seus pés na África. Oriundo da fusão do blues com o folk, o jazz e o rythm and blues, tem sua gênese nos subúrbios americanos, no final da década de 40. Evoluiu ao longo do tempo, com suas trocentas subdivisões e variantes, tornando-se um gênero "guarda-chuva", assim como o samba é na cultura brasileira. Já foi sinônimo de música de gente mais jovem, em que pese muitos dos "jovens" músicos identificados com o estilo estejam ultrapassando a casa dos 70, até 80 anos bem facinho...
O bacana é que, ao criar um pretenso gancho de mídia, a criação do Dia "Mundial" do Rock evoca o engajamento de um polpudo segmento da classe artística com causas humanitárias, como a fome. Parafraseando os Stones,"it's Only Rock 'n Roll (But I Like It)"!!!
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