desabafando...

Pelo dicionário, Bullying é um termo da língua inglesa que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem uma motivação lógica e evidente. São ações agressivas exercidas por um ou mais indivíduos, causam dor e angústia, e visam intimidar ou agredir outra pessoa que não tenha, por algum motivo, a possibilidade ou capacidade de se defender. Pode ser direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos ou indireto, caracterizado pelo isolamento social da vítima. Em geral, a vítima fica vulnerabilizada pelo/s agressor/es em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física, psíquica ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência. Pode ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam: escola, faculdade/universidade, família, local de trabalho e entre vizinhos. 

Uma forma de bullying pode ser o denegrir a imagem da pessoa no local de trabalho, desqualificando-a diante de colegas e pares. Falar isso ou aquilo de sua pessoa. Te colocar pra baixo, desqualificar... De qualquer maneira, é uma forma de agressão muito dolorida para quem a recebe, com certeza.

Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos, omitindo-se. Disso eu entendo bem. Eu sofri esse tipo de agressão no Ensino Fundamental. Lembro da agressão física, das humilhações, de coisas bizarras como receber areia por cima da porta do reservado do banheiro, enquanto lá estava, de roubo de materiais, de levar boladas fortes "de graça", enfim, de várias formas de agressão. Lembro também de ouvir que a escola "não se responsabilizava" pelas ações. Lembro de usar sacolas plásticas para levar material escolar ao invés de pasta ou mochila, para não tê-las danificadas por bullies. Lembrar dói. Angustia.

Lembro de ser alvo de chacotas por preferir a biblioteca do que o pátio no intervalo, pois achavam que isso era coisa "de babaca", "de viado", embora eu não seja nem me considere nem uma coisa nem outra. Sou hétero praticante e juramentado, e respeito os/as que optam por não sê-lo, e de babaca não tenho nada, ao meu ver...

Demorei muito tempo para ter coragem de externar publicamente o tema. Elaborar isso é algo difícil, pessoal. É remexer feridas velhas, é lembrar de coisas desagradáveis. É lembrar das dores e hematomas escondidos, de chorar baixinho de noite, de olhar o nada... Dói. Pronto, desabafei, pessoal. Lanço ao Universo esse desabafo, essas palavras. Vamos lá...

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