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sessão coruja - Sophia

Bom, eu sou coruja. Muito. Tenho duas filhas maravilhosas. A mais velha, Sophia, escreveu o poema abaixo. Para fechar a semana, deixo vocês com o Unicórnio da Sophy.       Unicórnio Vista um vestido Arrume o cabelo Me perguntaram se eu sou homem Já ouviu dizer que homem não chora? Talvez um dia eu tenha chorado Talvez um dia eu tenha sido mulher Mas agora eu sou mais eu Eu não sou homem Eu não sou mulher Acho que eu não sou um ser humano Sou um alien Quem sabe um unicórnio Depois de tantos mandamentos Eu fiquei confusa Mas agora eu sou mais eu Talvez uma fada Talvez um alien Talvez um unicórnio Chega disso Agora eu sou mais eu Me visto como eu quero Arrumo meu cabelo como eu quero Canto como eu quero E ninguém vai me impedir Porque agora eu sou mais eu E ninguém o verdadeiro significado da palavra eu Apenas Deus Agora somos apenas eu, Deus,  Unicórnios,  Aliens,  Humanos,...

futebol falado sério

Roger Machado foi um dos responsáveis pelas minhas alegrias futebolísticas nos anos 90. Foi jogador de futebol durante 20 anos, destacando-se naquele super-time do Grêmio, no tempo em que Jardel se preocupava em fazer gols, quando Arce e Paulo Nunes alçavam bolas precisas para a área, Dinho Cangaceiro era o cão-de-guarda da defesa de Danrlei, enfim, um bom tempo. De formação acadêmica sólida em Educação Física, Roger foge do estilo “boleiro” na sua função. Foge ao estereótipo quase caricatural de expressões como “fondo”, nem agradece à Antarctica pelas Brahmas enviadas depois do jogo. Ele usa o saber acadêmico para bem treinar o Tricolor Gaúcho. Buscou formação, informação, aliando ao aprendizado nas quatro linhas. Com isso, o time vem desenvolvendo uma interessante campanha no Brasileirão deste ano. Isso levou ao portal UOL a elencar suas frases, que definem seu refinado jeito de ver futebol. Eis o link, para apreciação: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2016/07/29...

Johann Sebastian e João Gilberto

O autor A presente resenha foi escrita para a disciplina de História da Música I, ministrada pelo prof. Ms. Ayres Estima Pothoff no curso de Música do Centro Universitário Metodista IPA, em Porto Alegre. Achei legal a ideia de repartir com todos e todas o texto, que, modéstia às favas, ficou bem legível. O texto é baseado em um capítulo do livro de Celso Loureiro Chaves ”Memórias do Pierrô Lunar”, de 2006. O prof. dr. Celso Loureiro Chaves é graduado em Composição pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e é doutor pela University of Illinois. Trabalhou no Departamento de Assuntos Culturais da antiga SEC, na RBS e, desde 1977, é docente na Universidade Federal. Influenciado por Armando Albuquerque, sua obra de compositor e de escritor reflete sua formação. De sua autoria, Uma ideia de café resgata a obrado mestre Armando Albuquerque para piano. Memórias de um Pierrô Lunar , de 2006, foi lançado com uma coletânea de textos seus, onde desdobra-se em temas com...

A Garota Dinamarquesa – analisando o filme

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O estímulo de assistir o filme veio da professora e amigona Margareth Simionato. É uma obra forte, densa, bela. A narrativa do filme se inicia na Copenhagen da década de 1920. A pintora dinamarquesa Greta Wegener precisava finalizar o retrato da cantora Anna Fonsmark, que acabara de cancelar a sessão por causa de um ensaio. Ela então pediu ao marido, o também pintor Einar Wegener um pequeno favor: que vestisse as meias e os sapatos da retratada. Numa mistura de susto e excitação, Einar, depois de rogar por segredo, relaxou e começou a puxar a meia por cima da panturrilha. Nesse dia, ano de 1925, nascia Lili Elbe (“como o rio Elba”), a princípio vista como uma espécie de alter ego feminino do pintor. O que começou como mera solução para findar um trabalho acabou se tornando uma rotina para o casal: Einar passa a se vestir cada vez mais como Lili, por quem Greta se vê, num primeiro momento, estranhamente atraída. É uma história de amor surpreendente entre uma mulher brilhante, gener...

sobre o grande Raul Ellwanger e seu Pealo de Sangue

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Raul Moura Ellwanger nasceu em Porto Alegre, em 17/11/47. O compositor, cantor e violonista iniciou sua carreira artística em 1966, no circuito universitário de Porto Alegre. Na época, as manifestações musicais daqui se espelhavam no movimento dos festivais do centro do país, como o da Record. Em 1968 era estudante de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e trabalhava como estagiário no escritório de advocacia de Afrânio e Carlos Araújo (ele mesmo, o ex-marido da presidenta golpeada da República). Desde essa época, Raul era um dos articuladores da Frente Gaúcha da Música Popular, que viria a ser chamado de MPG nos anos 80. Dessa época, veio sua participação no festival da TV Excelsior, no Rio de Janeiro, com a composição O gaúcho, finalista no evento em 1968. Em anos de chumbo, a provocativa letra dedicava à ditadura de plantão: "pros milicos trago estrago, pro inimigo outro balaço...” . Raul Ellwanger logo identificou-se com grupos que, ma...

26 de julho....

É impossível passar em branco o dia 26 de julho, sem lembrar daqueles dois... Dona Eunice, seu Otacílio, há coisas na vida que ficam impossíveis de serem vividas ou feitas sem evocar vocês.  Nunca ouvi um jogo de nosso Grêmio sem imaginar o raspar nervoso das unhas bem cuidadas de meu avô contra qualquer superfície...nunca tomo uma xícara de café sem lembrar o aroma do precioso líquido passado fresquinho pela minha avó (se rolar uma goiabada, melhor ainda!).  Caminhar pelo Centro Histórico é 100% Vô Otacílio, assim como fazer somas e subtrações de cabeça, mais rápido que uma calculadora, como só ele fazia. Receber as pessoas para o papo na aconchegante cozinha da vó Nice, por horas, sem ver o tempo passar, é totalmente ela.  O bacana era quando ela convidava para (mais um) cafezinho recém passado, com um bolo novinho feito por ela na assadeira de alumínio enegrecida pelo tempo, ou um queijo trazido pelo vô do Mercado Público, cortado caprichosamente em pedaço...

Morcego, piada, resiliência e outras viagens

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Ontem fomos assistir A piada mortal , adaptação para desenho animado da DC Comics, baseada na graphic novel de Brian Bolland e Alan Moore. O gibi foi publicado em 1988, e desde então tem sido sempre reeditado. A historinha tem três tramas, basicamente. Um prelúdio, onde a ainda Batgirl Barbara Gordon embolacha um mafioso de uma família de criminosos de Gotham, além de ter perpetrado com o morcegão uma das mais interessantes cenas de sexo implícito jamais vistas num desenho animado. Bom, se é implícito, pressuponho que não se viu "nada" mesmo, só o "vem cá meu morcego que Babs deu em Bruce...  Num segundo momento, depois que Barbara pendura a capa e passa a ter sua vida civil cotidiana, ocorre o ataque do Coringa, que havia fugido do Asilo Arkham, para atacar os Gordon. O comissário leva uma surra dos capangas do palhaço, que havia disparado um tiro à queima-roupa em Barbara, provavelmente no meio da região lombar, deixando-a paraplégica. Não contente, o Coringa des...