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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

mais apocalipse diário!!

Hoje nos sites de notícia, em especial no Pragmatismo Político, vejo que uma veneranda senhora nipônica, a dona Ayako Sono, andou escrevendo, no dia 11 de fevereiro, umas coisas bem sinistras no muito lido e muito reacionário jornal Sankei, um dos mais importantes veículos escritos do país. Não é pouca coisa não, afinal é o 4º maior jornal em circulação, com 1,6 milhões de cópias diárias. Haja peixe pra embrulhar depois.... Aqui, as pérolas da dona Sono, que são de tirar o próprio de quem pensa em um mundo sem preconceitos e babaquices: Na edição do dia 11 de fevereiro, no espaço do periódico destinado aos (?) intelectuais, o título dizia: “Escassez de trabalho e imigrantes: permiti-los mas mantendo ‘distância adequada'”. Dona Sono começa o texto admitindo que o país realmente precisa de mão de obra estrangeira por causa da queda contínua da população japonesa. O Japão, de fato, é um país onde as fraldas geriátricas vendem mais que as infantis... Mas logo depois a escritora lap

relendo o Samba da Bênção (em ritmo de 21/02/2015..., versão nossa )

É melhor ser alegre que ser triste Alegria é a melhor coisa que existe É assim como a luz no coração Mas pra fazer um samba com beleza É preciso um bocado de tristeza É preciso um bocado de tristeza Senão, não se faz um samba não (nem uma relação, tampouco uma ralação....) Senão é como amar uma mulher só linda E daí? Uma mulher tem que ter Qualquer coisa além de beleza Qualquer coisa de triste Qualquer coisa que chora (que cora o rubor) Qualquer coisa que sente saudade Um molejo de amor machucado Uma beleza que vem da tristeza De se saber mulher Feita apenas para amar Para sofrer pelo seu amor E pra ser só perdão Fazer samba não é contar piada E quem faz samba assim não é de nada O bom samba é uma forma de oração Porque o samba é a tristeza que balança E a tristeza tem sempre uma esperança A tristeza tem sempre uma esperança De um dia não ser mais triste não Feito essa gente que anda por aí Brincando com a vida Cuidado, companheiro! A vida é pra valer

Salve Elis!

Não escondo de ninguém minha admiração por Elis Regina Carvalho Costa, porto-alegrense, cantora, mãe de três artistas, ex-aluna do Instituto de Educação General Flores da Cunha, ex-moradora do IAPI, nascida como eu na Beneficiência Portuguesa de Porto Alegre, e, nas palavras de Caetano Veloso, Milton Nascimento e torcidas de Grêmio e Corinthians (nossos times do coração, aliás; o Grêmio de casa, vô Otacílio e tios, o Coringão por carinho ao estado que me acolheu por dois anos, ao mestre Eliseu e à comadre Cris), "a maior cantora desta terra". Não escondo de ninguém que tenho várias músicas suas no celular, de várias fases, que me acompanham direto por aí. E eis que, ao ver o desfile de carnaval de Sampa, já pelo noticiário, derrubado que fui pela tentativa de botar os filmes da estante em dia (apagamos pouco depois do cavalo do produtor hollywoodiano perder a cabeça em "O Poderoso Chefão", após degustar "A Irmandade do Anel" inteira), me deparo com a par

Sayōnara, Tomie!

Pois hoje nos despedimos da sra. Tomie Ohtake. Japonesa que virou brasileira, ela foi uma das figuras mais importantes das artes plásticas no Brasil.  Me chama a atenção o fato de que, diferente de muitos artistas, de início profissional precoce, Tomie começou mais tarde. Ela iniciou sua atividade produtiva de pintora, gravurista e escultora aos 39 anos (há esperança para quem inicia mais tarde nas artes em geral...).  Ficou conhecida do grande público com as grandes esculturas que mudaram a paisagem urbana de São Paulo. São 27 obras públicas de sua autoria, que fazem parte da paisagem urbana de Sampa e de algumas cidades brasileiras.  Em São Paulo, parte delas se tornaram marcos paulistanos, como os quatro grandes painéis da Estação Consolação do Metrô de São Paulo, a escultura em concreto armado na avenida 23 de maio e a pintura em parede cega no centro, na Ladeira da Memória.  Tomie fez mais de 50 exposições individuais e participou de mais de 80 coletivas. Teve uma car

esse karma não me pertence!

No último final de semana, o governador do Estado do RS (este blogue é lido em vários locais, tem que especificar, galera!) José Ivo Sartori usou uma aeronave paga pelo Estado para participar do aniversário de um vereador no litoral gaúcho. Beleeeza! Usar meios públicos para algo que não chega a ser uma prioridade de estado. Tudo bem, ele é o governador, não com meu voto, reafirmo. O mais bonito vem depois. Um menino havia despencado da varanda de um hotel em Capão da Canoa, cidade praiana do nosso litoral. Tem toda a situação de negligência da mãe do piá, que foi tomar café e o deixou dormindo no quarto, dando no que deu. Esse erro é para ser avaliado em outra blogada. O bacaninha nessa história é que o ilustre secretário de Saúde de Capão da Canoa, Abel Valmiro da Silva Junior, foi informado, diante da necessidade de levar o menino, argentino, para Porto Alegre, onde seria cuidado, que o serviço de transporte e resgate via helicóptero tinha sido suspenso. O serviço aeromédic

briga de bugio

Tem pessoas que não discutem ideias, ideais ou coisa parecida. Parece que tratam o trocar de ideias como algo parecido com uma batalha campal, um GreNal, um jogo a ser vencido. E tome ofensa, dedo no olho, palavrório pomposo, e vá indiretas, algo de fazer inveja aos debates das últimas eleições. A baixaria fica disfarçada de palavra pomposa, algo que lembra o Patolino, quando ele entoa seu "voxê é dexxxxxprezível", com o bico voltado para o occipital após a explosão de alguma engenhoca ACME. Nisso, os argumentos me levam a uma frase que minha orientadora da graduação, a grande profe Sônia Maria Lauer de Garcia falava:" o papel aceita tudo...". Bem, hoje em dia não só o papel, a tela do computador, do tablet e do celular também viraram penicos de ideias. Quando a gente tem educação, ideias, ideais e bom senso, discussões são algo enriquecedor, a gente cresce. Agora, se faltou algum item, a coisa vira briga de bugio... :P

pra se queixar ao bispo

Pois estava passando os olhos, entre uma atividade e outra, num portal de notícias. Ali, informação de que, de acordo com critérios da SMC/PoA, 12 dos 40 monumentos do Parque Farroupilha serão restaurados. Não é novidade que muitos monumentos da Redenção foram condenados, por falta de segurança, a virar bronze derretido em alguma fornalha de uma fundição da grande Porto Alegre. Entre eles, cito um, de valor sentimental para mim e para todo/a e qualquer metodista. O monumento que ficava no Parque da Redenção de Porto Alegre, em homenagem a John Wesley, foi roubado pelos fundidores de bronze. Resta apenas a pedra que o suportava. Wesley pronunciou uma frase quando a Igreja Anglicana fechou-lhe as portas para a sua pregação inovadora:"O mundo é minha paróquia". Ele saiu pelos cemitérios, minas, praças e campos onde espalhou a sua forma de pensar o Evangelho, para a gente pobre daquela Inglaterra de 1740 e algos. Houve uma tentativa de realocar o que restava do monumen

minha mãezinha (bota zinha nisso!)

A Vó Baixinha, também conhecida como Laís Madalena, é filha do Vô Baixinho (só podia). Também é conhecida como Vó Ratinha, Vó Formiguinha e Professora Pinguim, a milenar senhora completou, no dia 01/12/2014, 74 anos de registro oficial de nascimento. De existência, aí teria que ser apurada a datação no Carbono 14, verificar o registro fóssil ou perguntar pra alguém que a conheça há mais tempo, como Matusalém, Derci Gonçalves ou Mumm-Ra. Só o que se sabe é que a velha é do tempo em que a televisão era a lenha, a Rogéria era Astolfo, o Cauby Peixoto era espada, o bonde Duque andava por aí e os dinossauros vinham comer milho na Redenção. Por não ter altura para outras profissões, a pequena tornou-se professora, vindo a trabalhar com freqüência na Biblioteca. Isso é justificado pelo fato de que a mesma podia usar o Aurélio, o Houaiss, a Barsa e a Mirador para fazer uma escadinha para sua mesa. Entre os livros, a Vó Baixinha teve uma linda e produtiva carreira, o problema