escondida no passado
O cara ultrapassa a barreira dos NTA e começa a lembrar do que fez com ares de memorialista. É, admito, este que vos bloga tem seus rompantes de memorialista, com certeza. Afinal, é muita coisa vivida, muito mico pago, muita historinha dialética, tipo o que dá pra chorar, dá pra rir, dependendo do ponto de vista ou da vista no ponto.
Isso foi em 1987, se a memória me ajudar. A peça "Escondida na Calcinha" bombava no Theatro São Pedro. Uma das atrizes, anos mais tarde, viraria uma amiga, professora da Sophia no Santa Inês.
Pois, lá pelas tantas, as atrizes se voltavam à plateia e perguntavam se havia algum músico entre os espectadores. Claro que o bobão aqui, que ministrava aulas na Academia do Professor Miranda, levantou o dedo.
Destino impiedoso e sarcástico, veio a pergunta da atriz:"tem que ter bom ouvido pra tocar p#nheta?"....
É.
Como você leu, sem o #, claro.
Em português claríssimo.
De repente, baixou em mim uma entidade dessas bem zombeiras e boas de resposta, e veio a verborragia: "mais do que ouvido, há que ter tato, sensibilidade, intimidade, delicadeza"...e as mãos acompanhando com o gestual óbvio.
Nunca aquela frase dos 15 minutos de fama foram tão certeiras. A galera se voltou para aquele camarote lateral, onde este aqui se assentava, e veio o aplauso e a gargalhada...
Em tempo: anos mais tarde, em dezembro de 1991, um professor meu, que estava na plateia, lembrou o fato...e rimos muito!!!!
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