31/03/1964 (ou: o mais sem graça dos primeiros de abril da História)
Pra não esquecer
Pra não voltar, enfim
Aquele tempo, aquela noite...
Gemidos atrozes,
Passos de algozes
Risos de escárnio (ameo-ou deixe-o)
Fugas e preces
Na madrugada negra
Louca escapada, nega
Deixo pois amo esse país
E nunca esquecer
O gosto do chumbo quente
O grito da alma ardente
A sede de uma aguardente
Saudade de seu lugar
Pra nunca esquecer
A culpa na mão tirana
A voz omissa e profana
O tempo que foi ao léu
Quem vai dizer
Enfim a verdade dura
O fim de uma ditadura
A gente virando nação...
Pra não voltar, enfim
Aquele tempo, aquela noite...
Gemidos atrozes,
Passos de algozes
Risos de escárnio (ameo-ou deixe-o)
Fugas e preces
Na madrugada negra
Louca escapada, nega
Deixo pois amo esse país
E nunca esquecer
O gosto do chumbo quente
O grito da alma ardente
A sede de uma aguardente
Saudade de seu lugar
Pra nunca esquecer
A culpa na mão tirana
A voz omissa e profana
O tempo que foi ao léu
Quem vai dizer
Enfim a verdade dura
O fim de uma ditadura
A gente virando nação...
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