Bicicleta no outono...
Um de meus amigos mais chegados é um híbrido de professor universitário, psicólogo e ciclista. Desses que vai até Buenos Aires de bike, e só não voltou com o mesmo meio de transporte devido ao roubo do veículo... Desses que vai à Nova Zelândia aprender inglês e pedalar a magrela. Desses que faz os filhos pedalar antes dos primeiros engatinhados. Desses que tem a atitude ecológica de queimar glicose ao invés de gasolina.
Pois pensando nesse amigo que eu li com especial cuidado a notícia da morte de Patrícia Silva de Figueiredo. E você irá dizer: quem??
A menina, de 21 anos, aluna do segundo período da Pedagogia da UFRGS, era daquelas bibicleteiras inverteradas, militante, curtindo as pedaladas do Massa Crítica, e fazendo do pedal e selim mais que um transporte, um ideal de vida, um estilo de vida, uma linha ideológica.
Um ônibus interrompeu seu trajeto entre a sua casa e a FACED/UFRGS ontem pela manhã. Perto do Ginásio Tesourinha, relativamente perto de seu destino. Faltaria apenas pegar a Sebastião Leão, a Santana e a Redenção, para chegar ao seu destino (esse seria o trajeto que eu faria de bike, nos velhos tempos).
Eu também dou aula para a Pedagogia, na CESUCA de Cachoeirinha. Sinto a morte de Patrícia como se uma de minhas alunas tivesse partido. Fico imaginando, se fosse alguma das meninas da CESUCA, o impacto que meus colegas docentes tiveram ao saber que aquele lugarzinho da sala ia ficar em branco...triste.
E imaginei.. Se fosse meu compadre? Se fosse meu sobrinho?
Andar de bicicleta é tudo de bom, é exercício, é transporte, é desestressante (deveria ser, claro), é estiloso. No Vale do Sinos e do Gravataí, é comum operários irem para as fábricas de bike. Hoje mesmo, ao vir para Novo Hamburgo, vi um casal utilizando esse meio de transporte para uma namoradinha num motel, ao final da manhã...
Infelizmente, as duas rodas foram vulneráveis à desatenção do motorista do ônibus. Imprudência do motorista, rápido demais... Hoje, se comenta que a EPTC faz vista grossa aos ônibus que transformam em pista de rally os corredores portoalegrenses. Há o que explicar, dona EPTC.
Às crianças da Tartaruguinha Verde, também há explicações para dar. E à família de Patrícia. E aos colegas, profes e servidores da FACED/UFRGS. E a todos e todas que fazem da bike um meio de transporte, um ideal, uma plataforma. E a todos e todas que agradeceram a Deus por poder ouvir a voz de amigos e amigas bicicleteiros como meu compadre, nos últimos dias.
A ciclovia de Porto Alegre é uma velha plataforma ecologista. É uma solução para a (i)mobilidade urbana portoalegrense. Infelizmente, o gestor público prefere dar o asfalto às quatro rodas, e não às delgadas duas rodas das magrelas... até quando?
À família de Patrícia Silva de Figueiredo, nosso pesar e solidariedade. Ao meu compadre Felipe, te cuida, velhão!!! A todos e todas que são fissurados na magrela, encontrem neste sedentário, que já usou muito a bike pra se deslocar, um parceiro de discussão.
Tomo a liberdade de colocar o link com a notícia: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/transito/noticia/2014/03/colegas-de-ciclista-morta-fazem-manifestacao-na-ufrgs-4452800.html
Pois pensando nesse amigo que eu li com especial cuidado a notícia da morte de Patrícia Silva de Figueiredo. E você irá dizer: quem??
A menina, de 21 anos, aluna do segundo período da Pedagogia da UFRGS, era daquelas bibicleteiras inverteradas, militante, curtindo as pedaladas do Massa Crítica, e fazendo do pedal e selim mais que um transporte, um ideal de vida, um estilo de vida, uma linha ideológica.
Um ônibus interrompeu seu trajeto entre a sua casa e a FACED/UFRGS ontem pela manhã. Perto do Ginásio Tesourinha, relativamente perto de seu destino. Faltaria apenas pegar a Sebastião Leão, a Santana e a Redenção, para chegar ao seu destino (esse seria o trajeto que eu faria de bike, nos velhos tempos).
Eu também dou aula para a Pedagogia, na CESUCA de Cachoeirinha. Sinto a morte de Patrícia como se uma de minhas alunas tivesse partido. Fico imaginando, se fosse alguma das meninas da CESUCA, o impacto que meus colegas docentes tiveram ao saber que aquele lugarzinho da sala ia ficar em branco...triste.
E imaginei.. Se fosse meu compadre? Se fosse meu sobrinho?
Andar de bicicleta é tudo de bom, é exercício, é transporte, é desestressante (deveria ser, claro), é estiloso. No Vale do Sinos e do Gravataí, é comum operários irem para as fábricas de bike. Hoje mesmo, ao vir para Novo Hamburgo, vi um casal utilizando esse meio de transporte para uma namoradinha num motel, ao final da manhã...
Infelizmente, as duas rodas foram vulneráveis à desatenção do motorista do ônibus. Imprudência do motorista, rápido demais... Hoje, se comenta que a EPTC faz vista grossa aos ônibus que transformam em pista de rally os corredores portoalegrenses. Há o que explicar, dona EPTC.
Às crianças da Tartaruguinha Verde, também há explicações para dar. E à família de Patrícia. E aos colegas, profes e servidores da FACED/UFRGS. E a todos e todas que fazem da bike um meio de transporte, um ideal, uma plataforma. E a todos e todas que agradeceram a Deus por poder ouvir a voz de amigos e amigas bicicleteiros como meu compadre, nos últimos dias.
A ciclovia de Porto Alegre é uma velha plataforma ecologista. É uma solução para a (i)mobilidade urbana portoalegrense. Infelizmente, o gestor público prefere dar o asfalto às quatro rodas, e não às delgadas duas rodas das magrelas... até quando?
À família de Patrícia Silva de Figueiredo, nosso pesar e solidariedade. Ao meu compadre Felipe, te cuida, velhão!!! A todos e todas que são fissurados na magrela, encontrem neste sedentário, que já usou muito a bike pra se deslocar, um parceiro de discussão.
Tomo a liberdade de colocar o link com a notícia: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/transito/noticia/2014/03/colegas-de-ciclista-morta-fazem-manifestacao-na-ufrgs-4452800.html
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