balanço...

Tenho 45 anos.

Sou pai de uma linda filha de cerca de oito anos, minha principal razão de vida.


Sou graduado pela UFRGS, em 21/01/1994, como bacharel em Ciências Biológicas, ênfase Zoologia.

Sou Mestre em Ciências pela UNICAMP desde 08/06/1998, em Ciências Biológicas, ênfase Biologia Celular, área de concentração Espermatogênese Animal.

Sou professor universitário desde 1995/2, ou seja, há 16 anos.

Oriento, co-oriento, participo de grupos de pesquisa, seja na minha área de qualificação ou em áreas afins, desde 1999.

Já escrevi um livro na minha área de formação em pós-graduação.

Sou técnico na área ambiental há quase 14 anos, com competência reconhecida.

Já tive cargo executivo, como diretor no órgão ambiental ao qual estou ligado. 

Já escrevi relatórios técnicos diversos, um dos quais foi amplamente divulgado no final de 2010, com relevante impacto na área ambiental.

Posso não ter tido ainda a chance e os meios para concluir minha formação acadêmica, mas não me falta competência para tal. Tudo é questão de concatenar oportunidades e possibilidades.

Em paralelo com a expertise técnico-científica, sustento meu lado artístico, como violonista e compositor, e garanto a qualidade de meu trabalho nessa área também.

Se me for perguntado neste instante, se me for indagado o que desejo, só duas palavrinhas: respeito e espaço.

Se não sou uma personalidade tirânica enquanto docente, e me permito ser lúdico, não quero em momento algum mostrar desprezo pelo saber que ministro, ao contrário, quero mostrar que o conhecimento pode ter conosco a intimidade de uma velha tia.

Se permito que meu nome de família, aquele que foi dito no pacto batismal, fosse substituído aos poucos pelo apelido que meu tio me rebatizou, isso não significa intimidade desnecessária, porta aberta para desrespeito, nem vilipendiar meus talentos e possibilidades. O "Gutão" não é  saco de pancadas, moleque de recados, nem tampouco permissivo com seus valores, suas coisas, seus livros, instrumentos e o que for. Exijo tratamento digno e respeitoso, mesmo que na informalidade. Se você não souber o nome de minha mãe, meu time, quatro alimentos que eu não como em hipótese alguma e pelo menos dez das minhas canções favoritas, a menos que eu diga o contrário, trate-me pelo nome da cédula de identidade.

Se acredito em segundas chances para as pessoas, é por ter em dada época da vida aceito que o carpinteiro de Nazaré ditasse os rumos de minha vida, sem pieguice, máscaras ou histeria coletiva.

Sou totalmente avesso a tiranias, aos anticristos do neopentecostalismo, à exploração desenfreada do meio ambiente, a violência contra animais, idosos, crianças e mulheres, a ditaduras de todos os tipos, à corrupção em todas suas formas, a pessoas de duas palavras. 

Se acolhi a defesa ambiental como um dos ideais de vida, transversalizando-a em minha docência e em meu trabalho público, é por saber que sou parte de um todo, que Gaia integra a todos e todas, e que todos e todas temos compromissos com as gerações passadas, presentes e futuras, em relação ao meio em que vivemos e pretendemos que nossos filhos e filhas, e seus filhos e filhas, vivam.

Se abracei a docência, vício de uma família que tem pó de giz nos vasos, é por acreditar que a educação é a grande, senão única, saída para a Humanidade.


Sei quem eu sou. Sei do que sou capaz como profissional, cidadão e pessoa.


Desculpe o desabafo. Talvez nunca minhas palavras tivessem sido pesadas para você. Por gostar de você, decidi repartir este grito da alma.


Um abração "dos meus"


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