deu na rede: ceva do bagulho!!

Deu na rede:  uma empresa com sede em Ontário, no Canadá, chamada Province Brands, bolou uma bebida que vai deixar felizes e alegres adeptos da loira gelada e do cigarrinho do capeta! Pois os tais canadenses acabam de criar a primeira cerveja (sem álcool) feita inteiramente a partir da planta de cannabis. É, não tem o barato do álcool, mas é feita de ganja!

Como assim???? Pois é, em vez de ser fabricada com cevada e infundida com THC, essa cerveja é “fabricada a partir dos talos, caules e raízes da planta de cannabis”, segundo o austero jornal  “The Guardian”.

O bacaninha é que tem mais ceva com a boa e velha erva! A Lagunitas, da Heineken, colocou recentemente no mercado californiano uma bebida parecida. Outra empresa do ramo é a Constellation Brands, que está testando uma cerveja com infusão de cannabis para o mercado internacional. O criador do Blue Moon, Keith Villa, em breve distribuirá a Ceria Beverages, que vai além infundindo na beberagem o mais puro com infusão de THC, onde a marijuana é legalizada, lá nos EUA.

Como a maconha legalizada está sendo difundida em vários países e estados mundo afora, espera-se que mais cervejarias se enveredem por aí. Daí vem aquela pergunta: qual o motivo de fazer cerveja com o famoso bagulho?

Bom, álcool mata. É fato. O etanol é uma das substâncias mais perigosas, cujo risco é ampliado pelo fato de ser glamourizado, taxado com impostos, tem propaganda de bebida a rodo na televisão, enfim.... Graças ao trago, cerca de 3,3 milhões de pessoas a cada ano em todo no mundo vão bater papo com São Pedro. Nos EUA, as mortes por doenças hepáticas relacionadas ao álcool, como a conhecida cirrose, estão aumentando em todo o país. O estudo mostra que a situação é mais terrível em pessoas com idades entre 25 e 34 anos.

A morte por cirrose é triste, nada rápida nem indolor. Ela causa muitas complicações desagradáveis ​​antes de realmente matar. Perda de massa muscular, inchaço do escroto, ascite, dificuldades respiratórias são apenas a ponta do iceberg. Sem um transplante, um paciente está condenado a morrer, devido à perda das funções hepáticas. Triste...

Se a pessoa que bebe desistir do trago na hora certa, ou encontrar um substituto menos agressivo ao fígado para as compulsões por álcool, há uma excelente chance de o fígado se recuperar, conforme os especialistas. Aí entra a ceva de maconha. É estranho, pois sempre há quem crucifique o cigarrinho do capeta, quem fale que maconheiro é potencialmente um esquizofrênico, que a maconha é a porta para drogas mais pesadas, aquele discurso. Não faço apologia a droga nenhuma, literalmente falando, mas cabe uma olhada no que os trabalhos estão demonstrando. Não só os estudos mostraram que a erva não prejudica o fígado ou qualquer outro órgão importante, mas também há evidências de que a boa e velha cannabis pode atuar como um escudo contra a doença hepática.

Uma pesquisa publicada no início deste ano na respeitada “Liver International” mostra que a cannabis pode diminuir o risco de problemas hepáticos relacionados ao álcool. “Entre os usuários de álcool, indivíduos que também usam maconha (dependentes e não dependentes) apresentaram chances significativamente menores de desenvolver gordura no fígado, a esteatose alcoólica (EA), esteato-hepatite (HA), fibrose, cirrose (CA) e carcinoma hepatocelular (CHC)”, concluiu o estudo.

Bom...só digo uma coisa: SAÚDE!!! ... e uma vontade de virar uma lata de leite condensado depois!!

PS: confira mais: https://www.theguardian.com/world/2018/jul/22/it-hits-you-very-quickly-canada-brews-first-cannabis-beer



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