sobre os últimos dias
É triste ver descaso pela educação e por quem educa. É triste ver docentes aos prantos, o olhar perdido, contido na face que busca tentar entender o que não se consegue.
É hediondo o descaso. Descaso por missão, por educação, por vidas. Por quem tem a missão de preparar as pessoas para a vida. Por quem chega ao local para aprender e vê a pessoa, reverenciada em outros países, ser tratada com descaso.
Não ver o dinheiro na conta, e todas suas consequências, é apenas o reflexo de outras ações. Reflete o jeito de ver o ensino como mercadoria, como um produto a ser embalado, tipo peixe e pão.
Paralisar ou não...aí é foro íntimo, decisão individual, o que é importante é não espetacularizar a coisa toda, é respeitar a dor de quem não sabe o que dizer a um filho ou filha a essa altura do mês... escolher a conta a pagar no que resta de mês para espichar o pouco dinheiro que resta, trocar a lotação pelos pés, apelar para o amor familiar para ter uma refeição decente, chulear na conta bancária se veio o valor...ou não...
Tratar quem leciona de forma imprópria e inadequada...em qualquer cultura civilizada, docentes são reverenciados e reverenciadas, como quem forma pessoas, quem contribui para a sociedade com algo mais.
Se faz vital, a essa altura dos fatos, mobilizar todas as instâncias possíveis, para chegar a uma solução decente. É colocar-se na pele da outra pessoa.
A quem tem a caneta na mão, humanidade, humildade, empatia, vergonha na cara.
Realmente, tristes dias. Reflexo de uma triste sociedade.
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