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Mostrando postagens de abril, 2016

Racismo pouco é besteira!

Curto ver o ator Luís Miranda. Figurinha carimbada de programas humorísticos, séries e filmes, ele passa uma coisa engraçada, leve, divertido pra caramba, embalado em um sotaque baiano. Pois o cara, que a gente está acostumado a ver a gente soltar risadas, ficou beeem irritado. Motivo: foi confundido com um garçom em um restaurante japonês na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.  Tudo se deu quando, no local, uma cliente perguntou ao ator, negro, magrinho, longilíneo e jovem, se havia mesa disponível para duas pessoas. Emputecido, Luís respondeu: “Sou negro, mas nem por isso sou garçom aqui. Só porque sou negro tenho que ser o garçom, né? Não trabalho aqui não”. Detalhe: a carinha dele é bem conhecida na televisão, cinema, etc. Não é um zé anônimo qualquer. É um ator tri conhecido, figurinha carimbada mesmo. Daqueles que tu passas no shopping e fica pensando "legal, é o carinha aquele, o Luis Miranda, humorista, atua com o Lázaro Ramos, fez aquele filmaço 'Muita calma

deixai vir a mim as crianças...

Me lembro quando minha mãe era aluna do curso de Filosofia da PUCRS, e eu, com cinco anos, muitas vezes saía da escola onde estava e era entregue a ela, que estava em aula. O professor Annuncio João Caldana, que ministrava Ética, me acolhia, assim como os/as colegas de minha mãe. Lembro de colegas levando brinquedos, e do prazer que era ir para o final de aula de minha mãe. Graças a esse pessoal, muito do meu amor pelo ambiente de sala de aula foi plantado em meu ser, e sou grato a todo esse povo bonito! Pausa. Assim como a então aluna Laís Madalena Borba Normann, a hoje aluna Nina Bitencourt mora em Porto Alegre. Ela estuda de Letras, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É mãe da pequena Anya, de cinco anos. Bravamente, Nina segue, mãe e estudante, e continua na universidade. Mas, infelizmente, na última quinta-feira, por uma zebra do destino, Nina precisou levar a filha para a sala de aula. Contudo, a professora da disciplina não reagiu bem à presença de Anya

besteirol da Câmara em dia de impichar...

olhem os argumentos sólidos dos impichadores de domingo... ( ) “Pelo aniversário da minha neta” ( ) “Pelos fundamentos do cristianismo” ( ) “Pelos princípios que ensinei a minha filha” ( ) “Pelo Bruno e o Felipe” ( ) “Pelo meu neto Pedro” ( ) “Pelos maçons do Brasil” ( ) “Pelos produtores rurais, que se o produtor não plantar, não tem almoço nem janta” ( ) “Proposta de que criança troque de sexo na escola” ( ) “Pelo fim da rentabilização de desocupados e vagabundos” ( ) “Pela Família Quadrangular” ( ) “Pelos idosos e pelas crianças” ( ) “Pelo fim da Vagabundização remunerada” ( ) “Pela Minha mãe nega Lucimar…” ( ) “Pela renovação carismática” ( ) “Pelos médicos brasileiros” ( ) “Pelo fim da CUT e seus marginais” ( ) “Por amor a esse país” ( ) “Pelo fim dos petroleiros, digo, do Petrolão” ( ) “Pelos progressistas da minha família, Maria Vitória” ( ) ” Pela República de Curitiba” ( ) “Em memória do meu pai” ( ) “Por causa de Campo Grande, a morena mais linda do Brasi

meditando sobre um 17 de abril...

O previsível circo. "Que grande show, que curtição", diria Carlos Strasser, o Che Guevara de Evita, no início da ópera-pop. Ao melhor estilo de uma certa apresentadora, deputados e deputadas dedicam votos a papai, mamãe, filhos, filhas, noras, sobrinhos, cidades natais, torturadores do passado, Deus, Jesus, enfim... O nome Dele citado em vão escancaradamente. A cusparada do deputado psólico, que não pegou no alvo mas não deixou de fazer justiça, ao atingir outro canalha de igual calibre, reflete o momento tenso. Veio camelô vender anel, cordão, perfume barato, baiana pra fazer pastel e um bom churrasco de gato, diria Aldir. E a coisa foi. Vamos pensar juntos. Quem quer o quê? Chico Buarque, Fernando Morais, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Wagner Moura, Bete Carvalho, Leci Brandão, Luiza Erundina, Jean Wyllys, Antonio Candido, Fernando Haddad, Luis Fernando Veríssimo, Ciro Gomes, Eduardo Suplicy, Anna Muylaert, Lindenbergh Farias, Roberto Requião, Leonardo Boff, Frei Be

babaquice pouca é bobagem...

Como se não bastasse o caos nosso de cada dia, ampliado pela situação toda de impeachment, um ilustre representante do estado de São Paulo, o sr. Paulinho da Força/Solidariedade, resolveu imitar os legionários romanos que tiravam "na sorte" pra ver quem ficaria com as roupas e objetos de Jesus, quando Ele foi crucificado, conforme João 19:23-24. Resolveu fazer um bolão pra ver quem dá o palpite mais próximo dos votos pró e contra o impeachment, domingo... É absurdo que um babaca desses fique se projetando em cima da desgraça alheia. É uma situação complicada, é desgastante, e ainda tem um imbecil que tenta bancar o engraçadinho....durma-se com um barulho desses!!! Ah, como se ainda não bastasse o bookmaker da desgraça nacional, surge das trevas o "rinoceronte de sunga" (valeu, José Simão!), rato de praia e ator (?), que já representou o papel de marido da atriz Cláudia Raia e que se destaca por sua dedicada atuação em humorísticos sem graça e em filmes pornô

Toninho Horta é Deus!

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Ontem tive uma experiência única. É, o tio que está nas fotos, comigo e com o colega e amigo Lucas, é simplesmente um dos maiores instrumentistas brasileiros, que já foi considerado algumas vezes um dos melhores guitarristas do mundo. Toninho Horta é figurinha carimbada do Clube de Esquina mineiro, parceiro de palco de gente como Milton Nascimento, Flávio Venturini, Pat Methèny e trocentas outras lendas da boa música brasileira e mundial. Autodidata, é uma referência em harmonia, em arranjo, em violão e guitarra, em composição. Bebeu diretamente do melhor do jazz mundial desde a infância, da música regional de Minas, da bossa nova, e ajudou a firmar o estilo típico dos grandes compositores e arranjadores de Minas Gerais. Seu toque ao violão é sofisticado e ao mesmo tempo delicado. Utilizou um violão nylon, acústico, microfonado, sem malabarismos tecnológicos. Não ataca as cordas com unhas ou palhetas, usa a ponta dos dedos diretamente em contato com o nylon ou o aç

circo de horrores

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Pois a coisa realmente está tomando proporções interessantes... Primeiro, no dia 5, uma ilustre advogada, de nome Janaína Paschoal, diante de uma seleta plateia de alunos e docentes na USP resolveu ter um estado de transe de deixar muita pomba-gira profissional com vergonha. Girando no ar uma bandeira do Brasil, a advogada disse que o país não é uma “República de Cobras”, em referência àquela fala do ex-presidente Lula, que se comparou a uma jararaca. Janaina dava socos no ar, falava em Deus, babava roxo, remexia os olhos e se mexia para frente e para trás. Parecia uma nova filmagem de O Exorcista. De fato, foi um discurso acalorado, desprovido de argumentação jurídica e racional, feito pela autora de (mais um) pedido de impeachment contra a presidenta, mas que, na prática, não se diferencia em nada de pregações acaloradas de pastores neopentecostais, daqueles beeeeem avivadinhos.... Eis a cena, galera! Bom, a dita senhora tem clientes bem interessantes. Um dos mais notóri

retorno ao ventre da fera

Leio o blogue do amigo, guru, mestre e sábio de plantão Attico Chassot. Pra quem não sabe onde fica, lá vai:  http://mestrechassot.blogspot.com.br Na mais recente blogada, ele divide conosco, em meio a uma tempestade cerebral que ele denominou de "escritoterapia", qual será a boa desta sexta, dia 08. Nesta sexta-feira ele volta ao IPA, atendo convite da professora Marlis Polidori, quando, por três horas tentará responder a mestrandos do Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão: o que é Ciência, afinal? Professor, vá de cabeça erguida, o característico suspensório elegantemente ornando os ombros, a fala calma e sábia de sempre. Vá, e deixe os alunos e alunas da prof. Marlis felizes com suas palavras e testemunho. Vá, e mostre que a mentira tem perna curta e gagueja ao tentar sair pela tangente. Como metodista, fico envergonhado com mentiras vindas de tão inesperada fonte. Como acadêmico, ouço os alunos e alunas do curso de Licenciatura em Música até agora