cultura do ódio
Pois ontem, no bairro mais caro do país, o ódio aeciano destilava frouxo. Imagine que um lugar de apartamentos caríssimos não seja exatamente um bairro do zé povinho. Imagine que o chopp ali tomado não tenha o mesmo preço do choppinho do mercado público. Porém....
Pois é. Toda a ladainha da Veja, todo o noticiário golpista da Globo, todo o pessoal do PIG (Partido da Imprensa Golpista), tudo isso foi infrutífero. Apesar de terem convencido 61% a votar no garoto-propaganda do Tumelero, apesar da capa sinistra da Veja, da Isto É, da anticampanha de Marina, Levy, Everaldo e outros, não conseguiram. A dama de vermelho vai seguir morando em Brasília. Fico feliz, pois votei nela.
Acontece que muitos dos não-eleitores de Dilma, e, portanto, eleitores do embaixador de MG no Leblon, sr. Aécio Nevermore, estavam ainda cantando vitória. Alguns de forma bem peculiar, tipo PQP, Aécio é o presidente do Brasil (educação vem de berço, e não da conta bancária). Outros, após os números mágicos anunciados, já fazendo planos para emigrar. "Vinte anos de ditadura do PT".
Tem coisa mais bacana. A burguesada se puxou nas frases, decididamente! Uma doblechapa, conforme matéria da Folha, dizendo que "apenas sobrevivia" morando no Leblon, com doméstica para o filhote e pagando duas milhas pro colégio do pimpolho, esbravejando entre palavrões e outras demonstrações de boa educação. O que ela diria do pessoal que vende latinha pra engrossar o tão criticado Bolsa Família que paga o arroz e feijão?
Outro coxinha típico também destilou preconceitos, falando que a "saída para a classe média brasileira era o Galeão". Pelo jeito, vão aproveitar que, graças "àquela mulher" a economia está com menos cara de montanha-russa e poderão pedalar sua ida para fora do país no cartão, coisa que, até uns bons 20 anos atrás, era impossível a essa mesma "classe média", que, na época, de média só se fosse com pão e margarina no boteco da esquina.
O bacana foi, dentro da matéria da FSP, uma socióloga, vociferando ódio armado. A coleguinha do príncipe FHC teria dito à reportagem que "dava uma de kamikase e metralhava" ela, que afirmou que "matou pessoas". Bom, melhor ainda foi a advogada que só conhecia "garçom e porteiro" votando na Dilma. Altíssimo nível dos entrevistados, cenas de preconceito explícito pelo Leblon, onde uma gestora fala que "é contra o PT, partido com espírito de pobre"...
Bom, se me permitem, coxinhas lá vai: sou biólogo, graduado pela UFRGS, tenho mestrado pela UNICAMP, servidor público municipal, fui professor de ensino superior por quase duas décadas e hoje ainda sou estudante universitário e músico. Eu votei na Dilma. Votei pelos que poucas letras aprenderam na sua dura vida. Votei pelos pobres e marginalizados, pelos mártires e torturados de outras eras. Votei pelos que dependem do Bolsa Família para melhorar um pouquinho a mistura da refeição. Votei pelos que precisam do FIES e do PROUNI para fazer a faculdade. Votei para cobrar atitudes ambientais mais incisivas, sim, pois há que melhorar essa área. Não votei para manter a divisão deste país. Quem divide o país, quem faz a cizânia, é essa burguesia egoísta, que insiste em achar o Nordeste um point legal pra viajar, mas odeia nordestinos. Quem divide o país é quem fala mal do SUS, mas se esquece que muito do que temos no dia-a-dia, inclusive a fiscalização de produtos de natureza alimentícia, passa pelas três letrinhas. Esquecem que, se forem pra Meca, digo, Miami, não terão esse "plano de saúde horrível de pobre", serão tratados feito lixo pela turma do Tio Sam.
E então...só pra pensar e repensar, galera! Quem é que separou o país mesmo?
Pois é. Toda a ladainha da Veja, todo o noticiário golpista da Globo, todo o pessoal do PIG (Partido da Imprensa Golpista), tudo isso foi infrutífero. Apesar de terem convencido 61% a votar no garoto-propaganda do Tumelero, apesar da capa sinistra da Veja, da Isto É, da anticampanha de Marina, Levy, Everaldo e outros, não conseguiram. A dama de vermelho vai seguir morando em Brasília. Fico feliz, pois votei nela.
Acontece que muitos dos não-eleitores de Dilma, e, portanto, eleitores do embaixador de MG no Leblon, sr. Aécio Nevermore, estavam ainda cantando vitória. Alguns de forma bem peculiar, tipo PQP, Aécio é o presidente do Brasil (educação vem de berço, e não da conta bancária). Outros, após os números mágicos anunciados, já fazendo planos para emigrar. "Vinte anos de ditadura do PT".
Tem coisa mais bacana. A burguesada se puxou nas frases, decididamente! Uma doblechapa, conforme matéria da Folha, dizendo que "apenas sobrevivia" morando no Leblon, com doméstica para o filhote e pagando duas milhas pro colégio do pimpolho, esbravejando entre palavrões e outras demonstrações de boa educação. O que ela diria do pessoal que vende latinha pra engrossar o tão criticado Bolsa Família que paga o arroz e feijão?
Outro coxinha típico também destilou preconceitos, falando que a "saída para a classe média brasileira era o Galeão". Pelo jeito, vão aproveitar que, graças "àquela mulher" a economia está com menos cara de montanha-russa e poderão pedalar sua ida para fora do país no cartão, coisa que, até uns bons 20 anos atrás, era impossível a essa mesma "classe média", que, na época, de média só se fosse com pão e margarina no boteco da esquina.
O bacana foi, dentro da matéria da FSP, uma socióloga, vociferando ódio armado. A coleguinha do príncipe FHC teria dito à reportagem que "dava uma de kamikase e metralhava" ela, que afirmou que "matou pessoas". Bom, melhor ainda foi a advogada que só conhecia "garçom e porteiro" votando na Dilma. Altíssimo nível dos entrevistados, cenas de preconceito explícito pelo Leblon, onde uma gestora fala que "é contra o PT, partido com espírito de pobre"...
Bom, se me permitem, coxinhas lá vai: sou biólogo, graduado pela UFRGS, tenho mestrado pela UNICAMP, servidor público municipal, fui professor de ensino superior por quase duas décadas e hoje ainda sou estudante universitário e músico. Eu votei na Dilma. Votei pelos que poucas letras aprenderam na sua dura vida. Votei pelos pobres e marginalizados, pelos mártires e torturados de outras eras. Votei pelos que dependem do Bolsa Família para melhorar um pouquinho a mistura da refeição. Votei pelos que precisam do FIES e do PROUNI para fazer a faculdade. Votei para cobrar atitudes ambientais mais incisivas, sim, pois há que melhorar essa área. Não votei para manter a divisão deste país. Quem divide o país, quem faz a cizânia, é essa burguesia egoísta, que insiste em achar o Nordeste um point legal pra viajar, mas odeia nordestinos. Quem divide o país é quem fala mal do SUS, mas se esquece que muito do que temos no dia-a-dia, inclusive a fiscalização de produtos de natureza alimentícia, passa pelas três letrinhas. Esquecem que, se forem pra Meca, digo, Miami, não terão esse "plano de saúde horrível de pobre", serão tratados feito lixo pela turma do Tio Sam.
E então...só pra pensar e repensar, galera! Quem é que separou o país mesmo?
Muito querido Guto,
ResponderExcluirTeu blogue traz um excelente dilmar. Obrigado por aompartires.
A inspiração de minha blogada mestrechassot.blogspot.com desta segunda vem, mais uma vez do deus Janus, marcado pela mitologia romana. Janus era o deus a quem os romanos diziam chorar e rir ao mesmo tempo. Choro a perda do governo, e vibro, como aconteceu em outubro de 2002, quando Lula, pela primeira vez se elegeu Presidente. Dilma foi reeleita Presidente. Isso é muito bom.
attico chassot