Gismonteando....

Todos os dias passeava secamente na soleira do quintal
À hora morta, pedra morta, agonia e as laranjas do quintal
A vida ia entre o muro e as paredes de silêncio
E os cães que vigiavam o seu sono não dormiam
Viam sombras no ar, viam sombras no jardim
A lua morta, noite morta, ventania e um rosário sobre o chão
E um incêndio amarelo e provisório consumia o coração
E começou a procurar pelas fogueiras lentamente
E o seu coração já não temia as chamas do inferno
E das trevas sem fim. Haveria de chegar o amor.


De noite na rua em frente ao parque
A minha solidão é sua
De certo sei que você vaga
Em qualquer parte sob essa vaga lua

A noite esconde as cicatrizes
Esconde as carícias e os maus tratos

De noite alguém de certo lhe ampara
Por onde hoje você anda
Mas sem olhar sua ciranda louca
Daquele jeito que lhe desmascara

A noite esconde as cicatrizes
Esconde as carícias e os maus tratos

Agora bêbada você estremece
Como se ainda não soubesse
Em frente à porta desse bar
Em que embarca sob essa vaga lua

E a luz da lua, pura nitidez da marca
Mais nua, mais clara, mais crua

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