refletindo o 31 de março
“quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lamentações de Jeremias, 3.21) Hoje é 31 de março. Para fugir da data considerada Dia da Mentira, os tiranos de 64 trocaram a data do Golpe, chamado por eles de Revolução. Hoje é dia de luto por aqui. O tempo cinzento parece solidarizar-se com o pensamento naqueles e naquelas que pereceram, que sofreram tortura, que amargaram o exílio. Hoje penso em como alguém pode torturar crianças para arrancar de seus pais "verdades"... Vejo esquecida a corrupção, as mega-obras que permitiram o enriquecimento de empreiteiros e milicos da linha dura, o descaso à Saúde, as negociatas, a super-inflação... Há muitas viúvas dos golpistas. Gente egoísta/golpista, focada em sua realidadezinha pequeno-burguesa, acalentada pelas novelas e noticiários tendenciosos. Tenho vergonha dos religiosos que abraçaram a causa do golpe, num absurdo sentimento anti-comunista que havia nas mentes direitosas. Ora, se um latifundiário como Jan