valeu!!!!
Ontem encerrei (naquelas, tem ainda que revisar uns detalhes e entregar o CD gravado, enfim...) uma etapa importantíssima na minha vida. Desde que comecei a me aventurar, lá na adolescência, com a musica, eu nutri o desejo de ir adiante. Comecei a achar que fazer aqueles acordes simples que todos faziam era pouco. Comecei a estudar mais, ter aulas, ir atrás de informação. Me dei conta que podia compor, criar arranjos, arriscar o chord-melody, alguns acordes mais cabeludos, baixarias de samba e choro...
Houve o chamado de ir atrás da segurança, de ter uma faculdade com "empregabilidade" mais garantida, e afinal, sempre tive minhas facilidades com ciências biológicas. Veio a faculdade, notadamente a Biologia, mas quem disse que a tal música ficava longe? Colegas com igual paixão pela música estavam no curso, gente boa de canto, de cordas e outros instrumentos. Claro que o foco era estudar Biologia, mais tarde a tal Biologia Celular, em Campinas. Volto ao sul. Ainda arrisco compor, participar de eventos, mostras, mostrando o que faço e como faço. Mas a música passou seu tempo no armário.
Aos quarenta, bem que tentei que ela saísse da toca. Não teve muita força o salto, voo de frango no galinheiro, baixinho... E a música hiberna. Ocasionalmente acorda, até para que Sophia, depois Clara, tivessem seus despertares na arte. Grata alegria ver Sophia ao piano e cantando, ver o potencial de Clara, que canta afinado e tem cara de quem vai ser boa de percussão e bateria... Mas ainda segue a hibernação.
Até que Karina intimou. Professora Elisa me apresentou o jeito do curso, na véspera do vestibular. Fiz a prova. Vinte minutos de prova. Deu certo, primeiro lugar geral (não é pra me gabar, né). E as aulas. Descubro o que não sabia, e como sanar a coisa toda. Aprendi a aprender, voltei a ter um professor de violão, a estudar teoria, harmonia, composição, improvisação, arranjo, História da Música, como gravar em estúdio, as matérias didáticas...descubro a flauta, até hoje estou palmeando e tentando descobrir seus encantos e mistérios...redescubro a viola, suas afinações diferentes, seu jeito caipira de sair som...
Hoje, tenho a alegria de esperar pela formatura. Tenho a perspectiva de continuar a compor, a escrever, a criar. E a aprender mais. Professor James, aquele curso relâmpago está de pé?
Para mim é significativo fazer parte desta história
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